É uma obra do Governo do Estado do Amazonas, com financiamento pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e construída pela construtora Camargo Corrêa, com um investimento total de R$ 1,099 bilhão (R$ 586 milhões do BNDES e R$ 513 milhões do governo estadual). Ligará as cidades de Manaus e Iranduba no estado do Amazonas, permitindo maior integração entre 30 municípios da região metropolitana de Manaus, segundo informações do governo estadual. Possui 3595 metros de extensão, apoio central com 162 metros de altura e vão central de 55 metros de altura, para possibilitar a passagem de navios de grande porte. Além da ponte, o investimento contempla obras complementares como a construção de 7,4 quilômetros de acessos viários do lado de Manaus e Iranduba, a implantação do sistema de proteção dos pilares contra choque de embarcações, o sistema de sinalização náutica e o sistema de iluminação da ponte e dos acessos. O objetivo é que a nova obra gere uma série de melhorias para a região, como a facilitação do escoamento de produção e transporte de pessoas, e o desenvolvimento socioeconômico para o interior. Além disso, está prevista a instalação de 5,5 quilômetros de cabos de fibra ótica, o que viabilizará o acesso à internet banda larga pela população do outro lado do Rio Negro. A construção da ponte foi marcada por desafios de engenharia e logística, por conta da combinação de rocha, areia e argila no subleito do rio exigiu que dezenas de engenheiros, projetistas e profissionais de diversas áreas se dedicassem durante meses a entender os mistérios do Rio Negro, sobre o qual se dispunha até então de poucas informações sobre características geológicas, geotécnicas e hidrológicas. Especialistas da Espanha e do Canadá foram chamados por construtores da região para ajudar na resolução de problemas causados por fatores ambientais como a acidez da água, leito irregular e ritmo de subida e descida do nível do rio. Na execução das estacas de fundação, por exemplo, foram realizadas escavações em grandes profundidades, de até 60 metros abaixo do leito do rio, em solos com composição diferentes a cada trecho. Para superar esse desafio, foram utilizadas estacas de até 90 metros de comprimento e guindastes embarcados de 300 toneladas para o transporte de tubos-camisa de 75 toneladas para a execução das estacas.
Especificações técnicas e estruturais
• Comprimento total da ponte – 3.595 m
• Número de vãos – 73
• Extensão do trecho estaiado – 400 m
• Extensão do vão central – 2 x 200 m
• Largura do trecho corrente – 20,7 m
• Largura da seção estaiada – 22,6 m
• Altura do vão central – 55 m
• Altura do mastro central – 103 m
• Número total de estais – 56 m
• Total de vigas pré-moldadas – 213
• Número total de estacas escavada – 246
• Volume de concreto por estaca: 3.200 sacos de cimento
• Concreto Estrutural em m³ – 161.710 – equivalente a 25 prédios de 20 andares;
• Aço CA-50 (toneladas) – 21.500
• Aço CP-190 RB (toneladas) – 1.270;
• Cimento – 1.600.000 sacos de cimento;
• Vigas Pré-moldadas 45 metros (peças) – 213;
• Pilares /apoios (unidades) – 74;
• Revestimento Betuminoso (toneladas) – 11.750