Derrocagem consiste em um processo de retirada ou destruição de pedras ou rochas submersas, que impedem a plena navegação. Obras de derrocagem readequam o canal de acesso e a bacia de evolução do local.
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Tecnologia para Derrocagem
Dentre as tecnologias existentes para derrocagem, merece destaque a que foi testada de maneira pioneira pela Codesa (Companhia Docas do Espírito Santo) no início de novembro de 2010.
A tecnologia utiliza uma cápsula C.S Plasma (um produto formado por metal e sais metálicos). Em resumo, a tecnologia para derrocagem consiste em “uma reação termoquímica causada pela descarga de energia elétrica de alta voltagem na cápsula inserida em um espaço confinado, ocorrendo a expansão exotérmica. Neste momento temperaturas ultra elevadas e expansão de energia térmica de pressão extremamente altas são rapidamente geradas com a formação de gases N² e O², com velocidade inferior de explosivos industriais”, como detalhou um técnico que participou da ação.
Outra tecnologia que pode ser utilizada é o explosivo industrial. Comparando as duas tecnologias, pode-se afirmar que o primeiro modelo, que utiliza a cápsula C .S Plasma gera uma expansão quase quatro vezes maior que o explosivo industrial, além de não emitir onda de choque, vibração ou ruído, não ocasionando impactos estruturais ou ambientais.
(Fonte: Artigo "Porto de Vitória testa derrocagem", encontrado no site http://www.webtranspo.com.br/aquaviario/20325-porto-de-vitoria-testa-nova-derrocagem)
Impactos da Derrocagem
Obras de derrocagem podem gerar alguns riscos ou impactos. A criação de medidas mitigadoras é essencial para a redução dos riscos e impactos. Dentre estes impactos, se destacam:
- Risco de danos durante a operação de derrocagem (patrimônio histórico e arqueológico, navegação e atividades portuárias, além de afetar a pesca);
- Risco de acidentes com os explosivos;
- Abalo nas estruturas de obras civis;
- Alteração de habitats (afetando a fauna).
Mitigação dos impactos da derrocagem
Dentre as medidas mitigadoras para redução dos impactos da derrocagem, se destacam:
- Realização prévia de inventário de integridade das edificações a cada operação;
- Execução de valas de isolamento;
- Segurança no manuseio dos explosivos de acordo com as normas vigentes;
- Sinalização adequada na área de influência das obras;
- Realização de relatório com informações técnicas para possíveis medidas corretivas;
- Inspeção realizada por mergulhadores após a derrocagem;
- Batimetrias de averiguação.
(Fonte: "Gerenciamento Ambiental das dragagens de manutenção e aprofundamento no Porto de Santos")