Terça, 17 Setembro 2024
O benchmarking está sendo praticado de muitas maneiras diferentes, com resultados variáveis. Como acontece com qualquer coisa que se torna intelectualmente em voga, muitas pessoas estão pulando na onda do benchmarking porque parece a coisa certa a ser feita. O benchmarking tem a probabilidade de ajudar somente àqueles que mantêm em mente o quadro amplo - ele pode ajudar a melhorar a competitividade de uma organização somente se for feito corretamente.

No Brasil, a abertura de mercado tem propiciado a várias empresas a possibilidade de aplicar o benchmarking: Natura, Boticário, Varig, Alcoa Alumínios, Correios, são exemplos. Também já existe no Brasil, grupos organizados denominados "Grupos de Benchmarking".

No entanto, há um grande influxo de recém-chegados ao jogo do benchmarking, que freqüentemente aplica sua própria interpretação menos rigorosa do processo, e pedem ajuda a empresas bem sucedidas. Aqueles que praticam um benchmarking ruim não o fazem premeditadamente ou com intenção malévola. Eles apenas não sabem como fazê-lo melhor. Estabelecer a organização como uma daquelas que pratica um benchmarking rigoroso e capaz de adicionar valor está tornando-se rapidamente um dos requisitos prévios para se aprender com as melhores.

As vencedoras do Prêmio Nacional de Qualidade Malcolm Baldrige, sempre estão assoberbadas com solicitações de visitas de benchmarking. Muitos desses pedidos vêm de organizações bastante familiarizadas com o prêmio por saber que uma das exigências que se faz aos ganhadores é compartilhar informações sobre suas bem-sucedidas estratégias de qualidade com outras empresas americanas. "Compartilhar informações sobre estratégias de qualidade bem-sucedidas", porém, não significa necessariamente atender a toda solicitação do benchmarking. Gerentes que estejam executando benchmarking real, e que talvez tenham alguns resultados de benchmarking próprios para compartilhar, terão a melhor chance de garantir a cooperação de potenciais empresas-alvo de sua preferência.
Outra questão que se tornará mais importante são as comunicações entre empresas. É imperativo que o benchmarking não seja mal usado para gerar cooperação entre ou em meio de organizações que devam estar competindo.

À medida que o benchmarking proliferar, as empresas formarão mais relações com outras empresas que eram, antes do benchmarking, suas ferozes concorrentes.

A partilha de aprendizado e a experiência que se pode desenvolver por meio dessas interações é um fenômeno saudável, contanto que não reduza de forma nenhuma a competição entre as empresas que o partilham.

O benchmarking colaborativo entre competidores deve ser, com um propósito claramente definido logo de saída, e ser encerrado quando o propósito tiver se realizado. A colaboração entre concorrentes do setor para aumentar a competitividade global do mesmo e movimentá-lo para a frente é o resultado ideal do benchmarking colaborativo. Qualquer coisa que reduza a competição global, porém, tem o potencial de causar sérios danos a longo prazo e deve ser evitada.

Como se espera de qualquer indústria que tenha um substancial potencial de lucro, agora literalmente uma enxurrada de empresas de consultoria apareceu em resposta à imensa demanda de benchmarking vinda das corporações americanas. Isso tem resultado num amplo espectro de "definições" de processos de benchmarking sendo preferidas por "especialistas". O livre mercado determinará as abordagens que oferecem o máximo valor às organizações que usam consultores externos.

O benchmarking deve encontrar, também, seu caminho no setor público, embora a falta de competição dentro do setor público possa não criar o mesmo senso de urgência para melhorar o que existe no setor privado. Porém, contínuo inchaço dos déficits orçamentários pode ajudar a promover o reconhecimento da necessidade de se fazer as coisas melhor, mais rápido e mais barato num futuro breve, e o benchmarking é uma ferramenta natural a ser usada para a melhoria. As oportunidades de melhoria no setor público são tão vastas que o benchmarking poderia exercer um profundo impacto sobre como as coisas são feitas usando nossos dólares de impostos.

Os efeitos macroeconômicos de se fazer as coisas melhor, mais rápido e mais barato no setor público são assustadores. Existe tanta gordura que cortá-la não é a resposta ao problema. O desafio é transformar a gordura em músculo, torná-la produtiva. Procurar maneiras de melhorar os serviços que recebemos pelo mesmo nível de gastos, ou um nível ligeiramente menor, é um empreendimento que pode ser fortemente ajudado pelo benchmarking.

O benchmarking é um processo, mas também é uma forma de pensamento limitado somente pela capacidade de refletir. Não faça benchmarking porque ele está intelectualmente em moda. Faça porque vê com seriedade a melhoria. Faça a sua parte para tornar sua organização e a base industrial desta nação mais competitivas. (Boxwelll, Jr. Vantagem Competitiva do Benchmarking na Sociedade Contemporânea).
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