Terça, 19 Março 2024

A cadeia logística é o canal de movimento do produto ao longo do processo industrial até os clientes. mas pode-se dizer simplesmente que é a sucessão de manuseios, movimentações e armazenagens pelas quais o produto passa desde que é matéria-prima, conjuntos semi-elaborados, até chegar ao cliente final.

A cadeia logística pode ser dividida em três partes:

  • Suprimentos: que gerencia a matéria-prima e os componentes. Compreende o pedido ao fornecedor, o transporte, a armazenagem e a distribuição.
  • Produção: que administra o estoque do produto semi-acabado no processo de fabricação. Compreende o fluxo de materiais dentro da fábrica, os armazéns intermediários, o abastecimento do posto de trabalho e a expedição do produto acabado.
  • Distribuição: que administra a demanda do cliente e os canais de distribuição. Compreende o estoque do produto acabado, a armazenagem, o transporte e a entrega ao cliente.

Centralização, Terceirização e Transferência de Estoque

Terceirização
Muitas empresas utilizam a chamada teoria de valor, segundo a qual a empresa deve concentrar seus esforços, recursos e inversões naquilo que agrega valor ao que faz, ou seja, aquilo que somente ela pode fazer e que constitui uma vantagem competitiva. Neste contexto, a terceirização está em moda, porém envolve certos riscos se não implementá-la de um modo controlado. Antes de chegar a terceirização é necessário ter passado pela criação de sistemas próprios que, uma vez funcionando, podem ser externalizados. No que diz respeito à cadeia logística, atualmente, grande parte da mesma está terceirizada: armazéns, transporte, distribuição do produto, incluindo o fluxo interno e os abastecimentos aos postos de trabalho.

Transferência de Estoque
Existem muitas formas de transferir o estoque para o fornecedor. Quando o fornecedor está longe, e não pode adaptar-se à entrega em pequenos lotes, se utiliza, frequentemente, a estratégia do estoque no depósito. O fornecedor deve depositar seu estoque em um armazém próximo ao cliente ou muitas vezes dentro do próprio cliente. Este estoque é considerado propriedade do fornecedor até que o cliente o consuma, momento no qual se fatura. Esta estratégia tem unicamente benefícios financeiros para o cliente, já que o estoque continua estando ali e com ele os problemas que acarreta.
Outra forma de deslocar o estoque é mediante a sub-contratação de sub-conjuntos volumosos de fornecedores próximos. Desta maneira é o fornecedor que se encarrega da gestão do estoque de sub-componentes e é ele que disponibiliza o espaço de armazém. Em algumas ocasiões o provedor é também responsável pela compra destes sub-componentes, em outras este material está consignado pelo cliente. Ambas estratégias podem ser usadas com objetivos pontuais como economizar espaços na fábrica, mas geralmente não solucionam o problema do estoque, somente o escondem.

Centralização
Esta técnica afeta toda a cadeia de distribuição. Quando se têm muitos canais distintos e se produz de forma específica para cada um deles, se é, obrigado a manter um estoque específico para cada canal. Se a demanda deste canal flutua muito, podemos encontrar, em um determinado momento, um sobre-estoque ou uma ruptura de estoque.
Se centralizarmos a demanda flutuante de vários canais, de modo geral, a demanda total é muito mais estável. Aqui reside a vantagem de adiar operações: se fabrica uma referência genérica e as particularizações se realizam no canal de distribuição, em função da demanda real, no próprio armazém do produto determinado.

Gerenciamento da Cadeia Logística

O gerenciamento da cadeia de logística é sem dúvida um importante lugar para se preocupar por ganhos. Empresas em tudo mundo estão tentando tornar as sua cadeias logísticas mais eficientes e, para tanto tem feito investimentos significativos para otimizar as sua cadeias. Estes investimentos tem contemplado alguns processos da cadeia sem considerar soluções integradas  A seguir citamos cinco práticas  no gerenciamento da cadeia logística que devem estar presentes nas decisões  de se investir ou não no seu aprimoramento: 

  • Obter a estratégia certo primeiro. A maioria dos gerentes não tem claro quais as melhorias na cadeia de logística podem levar as vantagens reais, quais as melhorias em serviços os clientes irão valorizar e como ligar as operações e como ligar suas operações àquelas de seus fornecedores e clientes para tornar toda cadeia mais competitiva.
  • Colocar o melhor pessoal no problema. Gerenciamento da Cadeia Logística é raramente visto como um trabalho com glamour. Porém empresas com Wal Mart, Souza Cruz, Ambev e Pão de Açúcar premiam a função. Eles recrutam pessoas de alto nível que criam um potencial de redução de custos de milhões com melhores estratégias de compra, armazenagem, transporte e distribuição.
  • Trocar pressentimentos por métricas. O gerenciamento da cadeia logística não pode ser realizado por instinto. Mesmo assim empresas usam regras simplistas para definir os objetivos dos níveis de estoques. Elas não sabem quanto seus produtos venderiam a um certo preço e não analisam quanto eles venderiam com preços diferentes.
  • Alcançar além das suas quatro paredes. Menos de 10% das iniciativas de logística identificadas abrangiam os fornecedores das empresas. Como um fornecedor pode ajustar suas programações de produção para beneficio do cliente se o cliente não compartilhar detalhes de suas projeções.
  • Tratar partes diferentes de forma diferente. Um sinal infalível que a sua cadeia de logística está com problemas é quando tudo se move da mesma maneira: fornecedores entregam sob as mesmas condições; todo item é estocado em todos os Centros de Distribuição. A melhor prática aponta para o gerenciamento de múltiplas cadeias logísticas em paralelo.

O gerenciamento da cadeia logística é um grande lugar para se procurar ganhos. Porém os executivos devem priorizar as definições das estratégias, antes de saírem investindo em otimizações isoladas em áreas de tecnologia de informação, construção de CD´s, terceirização de atividades, automação e etc. Durante a definição destas estratégias devem ser analisados alguns aspectos  conceituais do contexto ambiental da cadeia de logística dentre eles citamos:

Competência Logística - É de importante que os executivos de logística da empresa tenham uma visão sobre como um desempenho logístico excepcional ou competitivamente superior pode se tornar a base da estratégica da empresa.

  • A maneira que um empresa decide competir envolve quatro processos essenciais: criação de valor para o cliente, planejamento, controle e continuidade.
  • Estrutura operacional que integra os aspectos espaciais e temporais das atividades de logística que vinculam o suprimento, o apoio manafatura e a distribuição física.
  • Áreas tradicionais de especialização logística devem ser vistas como partes integrantes da competência logística e não como áreas de desempenho independentes.

Missão da Logística - É o esforço integrado para criar valor para o cliente pelo menor custo total possível. A logística existe para satisfazer as necessidades dos clientes, facilitando as operações relevantes de produção e marketing. Do ponto de vista estratégico a logística procura atingir uma qualidade predefinida de serviço ao cliente por meio de uma competência operacional que representa o estado da arte. Nada faz sentido se as expectativas do cliente não forem totalmente correspondidas.

  • Em princípio é possível alcançar qualquer nível de serviço logístico se a empresa estiver disposta a alocar os recursos necessários. No ambiente operacional atual, o fator restritivo é econômico e não tecnológico.
  • Para que o desempenho logístico atenda continuamente as expectativas dos clientes, é essencial  que a administração tenha um compromisso com o aperfeiçoamento contínuo.

Modelagem da Logística Integrada - O conceito de logística integrada é ilustrado na figura abaixo. A logística é vista como a competência que vincula a empresa a seus clientes e fornecedores. As informações recebidas de clientes fluem na empresa na forma de atividades de vendas, previsões e pedidos. As informações são filtradas em planos específicos de compra e de produção. O processo tem duas ações inter-relacionadas: fluxo de material e de informações.

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