Não existemregistros precisos sobre a origem dos paletes, até porque, o princípio dautilização do mesmo que, de forma empírica, sempre esteve presente nasatividades comerciais. Com certeza, o palete, na forma com hoje é definido,tenha seus primeiros registros com o surgimento das primeiras empilhadeiras,muito embora pode-se encontrar citações que a paletização começou nos EstadosUnidos em 1925, bem como de que tenha nesta época, no norte da Europa.
Os primeirospaletes tiveram sua aplicação no transporte marítimo, na forma de estrado paraagilização das operações de estiva.
Encontramosregistros concretos do surgimento de palete como unidade de distribuiçãointermodal, de um lado pela “USA-FORCE” durante a 2.ª Guerra Mundial (1939-1945)utilizou 6.000 empilhadeiras e 6 milhões de paletes.
Logo ao finalda 2.ª Guerra Mundial,. O transporte de carga na Europa era predominado pelomodal ferroviário, sendo uma das companhias melhor estruturadas a francesa: SNCF(Service Internacional de Chemins Fer) que instituiu o primeiro “Pool” depaletes, tendo adotado a dimensão 800 x 1.200 que era o sub-múltiplo de melhoraproveitamento dos veículos ferroviários. Imediatamente companhias férreas daSuíça, Suécia, Holanda, etc., também introduziram o palete 800 x 1.200 e foiformado em 1.952, o primeiro “Pool” Internacional de paletes.
Curiosamentea Alemanha (DeusTsche Bundesbahn – Cia. Ferroviária da RFA) em 1951, optou pelopalete 1.000 x 1.200, vindo a normalizar a dimensão 800 x 1200 apenas em 1960,uma vez que já se estudava a formação da U.I.C. – Union Internacional de Cheminsde Fer. o que ocorreu em 1901, constituída de 19 paises, sendo então consagradoo palete EUR 800 x 1.200.
Simultaneamente ao mesmo período histórico, nos EUA, a tendência consolidava opalete 1.000 x 1.200, até que na década de 60, o container marítimo (FreightContainer) revolucionou o conceito de movimentação de cargas, alargando asfronteiras da padronização, uma vez que o contêiner seria operado em sistema “door-to-door”.
A partir de1964 nos EUA, se deu início um intensivo programa visando a criação de cargasunitárias intermodais que satisfizessem a maioria das áreas econômicas, nas suasmúltiplas e diversas cadeiras de distribuição.
No Brasil ahistória do palete é maisrecente, trazido pelas indústrias automobilísticas americanas e pelossupermercados de origem na França, foi introduzido no final da década de 60,início da década de 70, praticamente permaneceu em estagnação até por volta doinício dos anos 80, quando foi estabelecida a norma da ABNT – NBR 8252(Nov/1983).
Nesta mesmaépoca, quando pouco ainda se falava em palete como elemento de distribuição, eos equipamentos de movimentação experimentavam maior avanço tecnológicooferecendo melhores opções para a mecanização, e que os técnicos brasileirostomaram conhecimento da norma ANSI divulgada pelo IPT – Núcleo de Embalagem.
Em meados de1987, a ABRAS (Associação Brasileira de Supermercadistas) decidiu por criar oGrupo de Palete de Distribuição que se consolidou em abril de 1988.
A partir de1987, o Sr. Paulo Lima tratou de levantar a realidade do setor de supermercadose fornecedores, e o Sr. J.G. Vantine aprofundou as pesquisas e estudos cujasomatória de resultados gerou extenso e profundo acervo técnico sobre o assuntoa fim de evitar que houvesse abordagem não sistêmica e com base em princípios deuma só origem.
Apadronização do palete para distribuição de mercadorias projetou o futuro, combase no que há de mais atual. Os fatos históricos apenas sintetizam o passadoque não deve ser desprezado, mas também não deve ser fonte única de suporte.
Evoluçãodo Estudo da Padronização no Brasil
Fatosimportantes o estudo para padronização:
a) A Logística Integrada estabelece intrínseca relação entre Suprimentos/Produção/ Distribuição. A Logística é uma atividade moderna, que pressupõe aimplantação de modelos padronizados em todas as atividades ligadas ao fluxo deinformações e fluxo de materiais;
b) Acomercialização de produtos de consumo ou de base ocorre em termos globais, eassim torna-se mais intensa a partir da década de 90;
c) Aunificação da Comunidade Econômica Européia reformulou as normas referentes àembalagem e transporte;
d) Embusca de melhores resultado operacional, processa-se profunda modificação notransporte marítimo de longo curso, estando o container em fase de reformulaçãodimensional. Na Europa e nos Estados Unidos o conceito de paletização emodulação de embalagens passa por total reestruturação em face da 2. ª geraçãode containeres, tendo o Comitê Técnico da ISSO, sugerido a unidade de carga combase no palete 1.000 x 1.200 internacionalmente.
Ficando assimcaracterizada a medida do palete standard para o futuro: 1.200 x 1.000.
Conclusões da Padronização
§ O Palete Padrão, com base emtodos os estudos, será 1.000 x 1.200, e sua especificação será constituída de:
Desenho defabricação;
Norma deEspecificação do IPT;
Norma deCertificação do IPT.
§ O Palete Padrão pretendeatender as finalidades genéricas e àquelas ligadas aos produtos de consumo nainterface “Produção – Ponto de Venda”.
§ A implantação do PaletePadrão ocorrerá de forma gradual e natural, ocorrendo através de novasaquisições de paletes e de acordo com o planejamento de cada empresa e/ousetor.
§ O intercâmbio do palete dedistribuição será de competência exclusiva das empresas com relações comerciais.Sugere-se a formação de um órgão/associação que terá como função oacompanhamento da mplant5ação nos aspectos técnicos e operacionais.
§ O objetivo em síntese éestabelecer regas claras e definitivas que permitam o intercâmbio de paletes soba ótica das operações geradas pela livre iniciativa comercial entre empresas.
É um PBR?
Como o usuário sabese o palete que ele está comprando é um PBR não?
Primeiramentea marca PBR deve estar gravada nos dois tocos esquerdos do palete e asiniciais do fabricante e data de fabricação nos tocos direitos.No caso da Matra:MTRA.
Isso mostraque o fabricante é credenciado pelo IPT para fabricação do PBR
As medidasexternas são: 1,00 x 1,20 x 0,144 m
Madeiras:Pinus e Eucalipto
Ou entãoligar para a ABRAPAL – Associação Brasileira dos Fabricantes de Paletes (fone(11) 255.8566) e saber se o fabricante é realmente credenciado para afabricação do PBR
CasesLogística
Economia deTempo e Dinheiro
Imagine aseguinte situação:
Uma carreta de três eixos encostando em seu centro de distribuição ou na lojapara descarregar uma encomenda de toneladas de mercadorias.
Sabequanto tempo vai demorar a operação de descarga?
Quantaspessoas vão ter que estar envolvidas na operação?
Quais osriscos de avarias nas mercadorias?
Segundoestudo da Associação Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas (NTC):
De 6 à 8pessoas precisariam trabalhar pelo menos 02 horas a fio para descarregar essecaminhão de mercadorias. Isso custa muito dinheiro (de 12 à 16 horas/homem),além de muita coisa poder acabar danificada pelo manuseio, trazendo maisprejuízos e mais perda de tempo.
A mesmaoperação, se paletizada, demoraria no máximo 20 minutos, com uma só pessoaoperando uma empilhadeira (ou custo de 0,33 hora/homem)