Sábado, 23 Novembro 2024

Palete é a denominação dada a um estrado de madeira usado na movimentação e empilhamento de mercadorias; tabuleiro. Caracteriza-se também como um acessório de dimensões definidas, dotado de dispositivo de apoio para o garfo das empilhadeiras e conexão com os lingados, utilizado para o acondicionamento de diversos tipos de cargas, possibilitando o seu manuseio de forma unitizada. Embalagem é o recipiente destinado a garantir a conservação e facilitar o transporte e manuseio das mercadorias. Alguns tipos de embalagens são: vidro, plástico, papelão.

 

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História dos Paletes

 

Não existem registros precisos sobre a origem dos paletes, até porque, o princípio da utilização do mesmo que, de forma empírica, sempre esteve presente nas atividades comerciais. Com certeza, o palete, na forma com hoje é definido, tenha seus primeiros registros com o surgimento das primeiras empilhadeiras, muito embora pode-se encontrar citações que a paletização começou nos Estados Unidos em 1925,  bem como de que tenha nesta época, no norte da Europa.
Os primeiros paletes tiveram sua aplicação no transporte  marítimo, na forma de estrado para agilização das operações de estiva.
Encontramos registros concretos do surgimento de palete como unidade de distribuição intermodal, de um lado pela “USA-FORCE” durante a 2.ª Guerra Mundial (1939-1945) utilizou 6.000 empilhadeiras e 6 milhões de paletes.
Logo ao final da 2.ª Guerra Mundial,. O transporte de carga na Europa era predominado pelo modal ferroviário, sendo uma das companhias melhor estruturadas a francesa: SNCF (Service Internacional de Chemins Fer) que instituiu o primeiro “Pool” de paletes, tendo adotado a dimensão 800 x 1.200 que era o sub-múltiplo de melhor aproveitamento dos veículos ferroviários. Imediatamente companhias férreas da Suíça, Suécia, Holanda, etc., também introduziram o palete 800 x 1.200 e foi formado em 1.952, o primeiro “Pool” Internacional de paletes.
Curiosamente a Alemanha (DeusTsche Bundesbahn – Cia. Ferroviária da RFA) em 1951, optou pelo palete 1.000 x 1.200, vindo a normalizar a dimensão 800 x 1200 apenas em 1960, uma vez que já se estudava a formação da U.I.C. – Union Internacional de Chemins de Fer. o que ocorreu em 1901, constituída de 19 paises, sendo então consagrado o palete EUR 800 x 1.200.
Simultaneamente ao mesmo período histórico, nos EUA, a tendência consolidava o palete 1.000 x 1.200, até que na década de 60, o container marítimo (Freight Container) revolucionou o conceito de movimentação de cargas, alargando as fronteiras da padronização, uma vez que o contêiner seria operado em sistema “door-to-door”.
A partir de 1964 nos EUA, se deu início um intensivo programa visando a criação de cargas unitárias intermodais que satisfizessem a maioria das áreas econômicas, nas suas múltiplas e diversas cadeiras de distribuição.
No Brasil a história do palete é mais recente, trazido pelas indústrias automobilísticas americanas e pelos supermercados de origem na França, foi introduzido no final da década de 60, início da década de 70, praticamente permaneceu em estagnação até por volta do início dos anos 80, quando foi estabelecida a norma da ABNT – NBR 8252 (Nov/1983).
Nesta mesma época, quando pouco ainda se falava em palete como elemento de distribuição, e os equipamentos de movimentação experimentavam maior avanço tecnológico oferecendo melhores opções para a mecanização, e que os técnicos brasileiros tomaram conhecimento da norma ANSI divulgada pelo IPT – Núcleo de Embalagem.
Em meados de 1987, a ABRAS (Associação Brasileira de Supermercadistas) decidiu por criar o Grupo de Palete de Distribuição que se consolidou em abril de 1988.
A partir de 1987, o Sr. Paulo Lima tratou de levantar a realidade do setor de supermercados e fornecedores, e o Sr. J.G. Vantine aprofundou as pesquisas e estudos cuja somatória de resultados gerou extenso e profundo acervo técnico sobre o assunto a fim de evitar que houvesse abordagem não sistêmica e com base em princípios de uma só origem.
A padronização do palete para distribuição de mercadorias projetou o futuro, com base no que há de mais atual. Os fatos históricos apenas sintetizam o passado que não deve ser desprezado, mas também não deve ser fonte única de suporte.

 

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