O setor de infraestrutura no Brasil representa uma grande oportunidade de investimento, nos próximos anos, para empresas da Rússia. A presidenta Dilma Rousseff esteve nesta quarta-feira (8) com o presidente russo Vladimir Putin, na cidade de Ufa, onde se realiza a 7ª Cúpula dos BRICS. Segundo ela, há grandes oportunidades na economia brasileira com a nova etapa do Programa de Investimento Logística (PIL), lançada em junho.
Referência na operação de contêineres no Brasil, a prestadora de serviços portuários e logísticos completos Santos Brasil foi convidada pelo governo norte-americano, por meio da Agência dos Estados Unidos para o Comércio e Desenvolvimento (USTDA), a participar da comitiva que fará uma visita técnica a portos locais, com foco em tecnologias para portos verdes e sustentáveis.
As oportunidades para as ferrovias se ampliaram. Não mais utilizada apenas para transportar ferro e grãos, a lista de produtos cresceu e entraram nos transportados alguns itens como soja, açúcar, milho, celulose e até TV de plasma. Segundo dados da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), de janeiro a maio deste ano, seis das oito principais ferrovias que fazem transporte de contêineres por trilhos no País registraram aumento entre 8,9% e 154% em relação a igual período do ano passado.
Para a economista Tânia Bacelar, o Brasil viveu mudanças positivas na última década, mas o problema regional permanece. Ela defende mais investimento em infraestrutura nas Regiões Norte e Nordeste para alavancar a economia, a exemplo da construção de ferrovias. Outra aposta é no desenvolvimento industrial para fortalecer o mercado interno, pois o setor é o mais afetado pela atual crise. Ela participou de evento no Senado, no dia 7 de julho último.
Restituição de bagagens, extravios e avarias são as principais reclamações dos passageiros que utilizam o transporte aéreo, segundo o ranking da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Os transtornos não se limitam somente aos usuários do sistema e afetam, também, toda a indústria, que gasta cerca de US$ 2,9 bilhões por ano para contornar tais situações. A supervisão e treinamento das equipes de handling, adequação da infraestrutura aeroportuária e investimento em sistemas de identificação e rastreamento de bagagens são algumas das soluções que podem contribuir para reduzir incidentes, custos e melhorar a eficiência da operação diária nos aeroportos.Para o superintendente de Regulação Econômica da agência, Ricardo Bisinotto Catanant, estas iniciativas são uma forma sistêmica de resolver a questão do manuseio incorreto de bagagens. A agência procura identificar as falhas de mercado que justifiquem eventual regulação com regras e incentivos para melhoria da qualidade dos serviços prestados aos passageiros. "Em alguns casos, o arcabouço legal e regulatório vigente por vezes impede a implementação de ferramentas que promovam a eficiência no transporte de bagagens. Nesse contexto, a Anactrabalha para revisão das condições gerais de transporte, cuja proposta será submetida a um amplo processo de discussão pública", explica o superintendente .Recentemente, a Anac coletou dados de extravio, furto e indenização de bagagem para subsidiar estudos para formulação da nova legislação e verificou que as empresas nacionais tinham índices menores que a média global, conforme dados disponibilizados no Relatório de Bagagem da SITA. O superintendente da Agência destaca que avalia-se estipular na proposta da nova norma, que revisará as condições gerais de transporte, um monitoramento da qualidade da prestação dos serviços de transporte de bagagem.A agência reguladora acompanha as reclamações do setor e autua as empresas que não entregam as malas no período certo ou deixam de indenizar os passageiros, além de fixar regras nos contratos de concessão para que os aeroportos concedidos implementem sistemas de automatização do manuseio, o que tem o potencial de melhorar o tempo de restituição, trazer maior controle das bagagens evitando extravios e maior segurança para a aviação decorrente da inspeção em até 100% das bagagens.ModernizaçãoUm dos aeroportos que investiu em modernização para aumentar a eficiência dos processos foi o GRU Airport, com a construção do Terminal 3 e do sistemas de bagagens BHS. O diretor de Operações do GRU Airport, comandante Miguel Dau, comenta que o processo de bagagem no aeroporto não é responsabilidade de um ente só, mas de todos os agentes envolvidos na operação. "O que precisa existir é um entrosamento entre toda a cadeia aeroportuária. Isso implica uma série de mudanças e procedimentos dentro do aeroporto que não se limita somente à modernização dos processos aéreos, mas envolve também a evolução das empresas aéreas e de handling que devem acompanhar esta evolução e se capacitar à altura". Para Dau, as empresas de Esatas têm uma papel importante neste processo. "Esta é uma variável do aeroporto que impacta diretamente na qualidade do serviço ofertado ao passageiro. Não entra só bagagem. Há limpeza de aeronave, serviço de água e esgoto da aeronave, o check-in e uma série de procedimentos que têm um impacto tremendo para o passageiro. As empresas que fazem handling são protagonistas de primeira linha nesta cadeia", conclui.O superintendente de Regulação Econômica da ANAC, Ricardo Bisinotto Catanant e o diretor de Operações do GRU Airport, comandante Miguel Dau irão discutir este tema durante o painel "O manuseio incorreto da bagagem custa para a indústria de transporte aéreo US$ 2,9 bilhões por ano. Como atingir a eficiência na operação diária de forma a reduzir custos, garantir agilidade, segurança e conforto ao passageiro", na 1ª edição do Seminário Luggage, Handling & Catering, evento inédito realizado pela Sator em parceria com a Abesata, que aocntece no 15 de julho, no Marriott Hotel, em Guarulhos, São Paulo. O encontro abordará o papel das empresas de serviços auxiliares de transporte aéreo, chamadas de ESATAS no País.