Sexta, 26 Abril 2024

O grande problema do agronegócio brasileiro é a logística, este é o principal fator que impede o crescimento e a competitividade do setor, de acordo com André Miotto, consultor de negócios e sócio-diretor da AMX Soluções em Gestão Integrada. O atraso tecnológico, operacional e o déficit do transporte ferroviário são os principais itens que agravam a situação, mas 2015 mostra novos rumos para a mudança deste cenário. Foram concluídos 855 quilômetros da Ferrovia Norte-Sul e está prevista a continuação da construção da Ferrovia de Integração Oeste-Leste, totalizando 1.527 quilômetros. Também haverá o lançamento do edital da Ferrovia de Integração do Centro-Oeste, com 883 quilômetros de extensão. Além dessas ações, está sendo estudada a privatização de oito ferrovias.

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Segundo Miotto, que realizou projetos de eficiência de atividade na Ferronorte, Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM) e MRS Logísticas,há quatro problemas recorrentes enfrentados em empresas que atuam no ramo ferroviário. São eles: contratos contraproducentes com empresas terceirizadas, construção de vias lentas perante a necessidade, acidentes decorrentes de vias deficitárias e manutenções de empresas logísticas de forma corretivas, o que deveria ser preventivo. Ele também explica que a implantação de um sistema de gestão em empresas desse segmento, no qual procedimentos, táticas e estratégias se conectem a planejamento e formas de controle é essencial.

Ainda de acordo com o consultor de negócios, este cenário negativo pode ser modificado por meio de profissionalização das áreas e capacitação de pessoas, estabelecidas por meio de um plano de gestão.  “Melhorar a produtividade fazendo mais com menos pessoas ou com a mesma quantidade de colaboradores, mas com qualidade, resolutividade e menor custo é essencial para essas empresas”, destaca.

Miotto aponta os quatro problemas recorrentes enfrentados pelo segmento ferroviário e as soluções:

1. Contatos ineficientes com empresas terceirizadas. As empresas logísticas pagam por quilômetro implantado para empresas prestadoras de serviço, nesses contratos é comum que haja folga na produtividade e na lucratividade dos contratos. É preciso que haja um trabalho de gestão de contratos de serviços, no qual sejam medidas as qualidades da manutenção da linha férrea, da produtividade e da execução das tarefas. Por exemplo, é preciso que o trabalho feito por de cinco homens em uma hora e meia seja reduzido ao trabalho de três homens em uma hora, essa ação deve ser baseada em análise profunda feita nos processos da empresa. Existem grandes oportunidades de melhorias, rentabilidade e produtividade pouco aproveitadas no segmento ferroviário, as pessoas precisam estar capacitadas para haver essa redução.

2 – Construção. Quando as obras são grandes, é quase inevitável perder o controle dos desperdícios se não houver uma equipe trabalhando focada na economia de insumos e de mão-de-obra. Nesse caso também entra o fator “incremento da produtividade”, a ideia de fazer mais com menos e com qualidade é a chave para a redução dos custos e de quebras, gerando maior rentabilidade.

3 – Acidentes. Esse tipo de intercorrência prejudica a linha e é causado por falta de manutenção adequada, é preciso ter controle sobre este item para evitar grandes e pequenos prejuízos.

4 - Parte administrativa das manutenções. As equipes que fazem as manutenções nas locomotivas e nas linhas precisam de planejamento de execução, processos atuais e rentáveis, informações e indicadores adequados de cobrança de resultados nas manutenções preventiva, corretiva e preditiva. É preciso ser instituído um sistema de gestão para que a parte interna da empresa melhore os procedimentos operacionais e táticos destas funções, que são representativas nos custos na Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) das empresas. Exemplo: É feita a troca de um tipo de motor específico por 12 horas a cada 12 meses, mas o correto seria fazer em nove horas a cada oito meses, ou seja, maior produtividade, eficiência e diminuição de riscos de problemas futuros, porque é comum que o prazo não seja cumprido em razão de custos e ausência de locomotivas para fazer as cargas.

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