Os editais de arrendamento das primeiras quatro áreas em terminais portuários a serem licitadas no governo Dilma Rousseff – três em Santos (SP) e uma em Vila do Conde (PA) – estão despertando interesse de players nacionais e internacionais. “Os principais acessos aos editais vieram do próprio Brasil, dos Estados Unidos e do Chile. Não temos dúvida de que teremos uma ampla competição”. A informação foi dada pelo ministro da Secretaria de Portos, Helder Barbalho, que acrescentou: “Já posso adiantar que o leilão seguinte será de quatro áreas no Pará e, depois, teremos lotes em toda a costa brasileira”.
As declarações do ministro Helder Barbalho estão na entrevista publicada na edição desta semana (2 de dezembro) da revista IstoÉ Dinheiro. Ele manifestou sua confiança no processo de licitação em curso. “Construímos um cenário que garante aos investidores que investir em portos é uma boa oportunidade, pois as áreas que serão leiloadas têm forte demanda”, disse Helder Barbalho. “É o primeiro passo da construção de um novo capítulo em que o investidor privado passa a ser a prioridade do governo, numa parceria para que efetivamente o Brasil possa ampliar a sua oferta e a sua capacidade de operação portuária”.
O ministro reconheceu que o câmbio desvalorizado ajuda a atrair o capital estrangeiro, além de aquecer a atividade exportadora, “pois as nossas commodities ficam mais competitivas”. Importante destacar que 95% das exportações brasileiras saem pelos portos.
Helder Barbalho contou como será o leilão do dia 9 de dezembro na BM&FBovespa: “No primeiro lote, vence quem pagar o maior valor de outorga. Portanto, é a competição do mercado que vai decidir.” E concluiu: “O Brasil é forte o suficiente para aquilo que de fato é oportuno possa ser enxergado como tal pelo setor privado. O momento de dificuldade pode ser desafiador e complexo para alguns, mas seguramente pode ser enxergado como uma oportunidade por outros."
