Em assembleia na noite desta quarta-feira (1º), no sindicato dos operários portuários (Sintraport), os trabalhadores da Portofer Transporte Ferroviário encerram a greve iniciada às 7 horas de segunda-feira (29).
Eles concordaram com o novo reajuste salarial oferecido à tarde pela empresa, de 8,36%, em audiência de instrução e conciliação no Tribunal Regional do Trabalho (TRT-SP).
A proposta da empresa garante estabilidade no emprego por no mínimo 90 dias. Mas o presidente do sindicato, Claudiomiro Machado ‘Miro’, adverte que “se houver demissão, depois disso, para tudo de novo”.
O acordo estabelece ainda uma comissão tripartite, formada por representantes do sindicato, trabalhadores de base e empresa, para negociar vários problemas cotidianos de relações de trabalho.
O documento tem efeito retroativo à data-base de março e contempla 300 empregados. A greve ganhou força na terça-feira e hoje (30 e 1º). Todos os terminais das margens direita e esquerda foram afetados.
A empresa é responsável pela carga e descarga de granéis, contêineres e outros produtos de exportação e importação. A categoria reivindicava 9% de reajuste, mas a empresa oferecia 8,19%.
A empresa tem 80 maquinistas, 80 operadores e 140 empregados em funções como supervisores, líderes e auxiliares de pátio e de operação, escriturários, pessoal de manutenção, rondantes e ‘olhos vivos’.
“Mais importante que o índice e as demais cláusulas do acordo, foi a recuperação da autoestima da categoria, que vinha há muitos anos submetida a uma verdadeira ditadura da empresa”, disse Miro. Informações e foto do jornalista Paulo Passos, da assessoria de imprensa do sindicato.