Sindicalistas do Porto de Santos, no litoral paulista, o maior da América Latina, debatem a participação da categoria no dia nacional de luta, no próximo dia 29 de maio, contra o projeto de lei (4330/04) que estende a terceirização para a atividade-fim, já aprovado na Câmara Federal, e em tramitação no Senado, e as medidas provisórias (MPs 664 e 665) do ajuste fiscal.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores Portuários de Santos (Sintraport), Claudiomiro Machado Miro, acha que a manifestação “deve ser debatida exaustivamente. A participação dos portuários dependerá justamente dos debates”. “Não podemos ficar alheios, como se fosse natural, a derrocada de direitos trabalhistas e sociais que tem se processado no país. Os trabalhadores e seus sindicatos precisam protagonizar a resistência.”
Miro critica também o projeto de terceirização: “Dizem que ele apenas regulamenta as atividades dos atuais 12 milhões de terceirizados em atividade no país. Mão isso não corresponde à verdade.”
O portuário acha que o projeto, se aprovado no Senado e sancionado pela presidenta Dilma, ampliará o número de terceirizados para 36 milhões, do total de 48 milhões de trabalhadores.
Para ele, com a terceirização vem salários menores, jornadas de trabalho maiores, piores condições de trabalho e aumento dos acidentes. Informações da assessoria de imprensa do Sintraport, Paulo Passos.