Quinta, 25 Abril 2024

Na última semana, a colunista do Portogente, Carla Diéguez, publicou no espaço Porto Ciência artigo apontando que um estivador do Porto de Santos que sofreu Acidente Vascular Cerebral (AVC) no Ponto de Escalação 3 do Órgão Gestor de Mão de Obra (Ogmo) e veio a falecer demorou a receber atendimento médico. Segundo relatos de estivadores, falta estrutura de atendimento à saúde nos pontos de escalação em Santos.

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Em contato com o Portogente, o Ogmo Santos contesta estas informações. De acordo com o Órgão, há cobertura médica 24 horas e o atendimento prestado ao estivador que veio a falecer foi realizado a contento.

Confira a seguir as respostas do Ogmo aos questionamentos do Portogente.

Portogente - Há informações que o trabalhador que sofreu um AVC demorou a ser socorrido. Há equipe de atendimento médico nos postos de escalação?
O OGMO-Santos, conforme determina a legislação vigente, dispõe de um Serviço Especializado de Segurança e Saúde do Trabalho Portuário (SESSTP), cuja equipe, composta por médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem, atua preventivamente, desempenhando atividades relacionadas com a medicina ocupacional. Além disso, para atendimento às ocorrências de acidente do trabalho ou casos clínicos (mal súbito) envolvendo trabalhadores portuários avulsos, mantém contrato de prestação de serviços junto à empresa BEM – Emergências, com cobertura durante as 24 horas do dia, nos terminais portuários e em todos os Postos de Escalação, atendendo ao disposto na Norma Regulamentadora 29, do Ministério do Trabalho e Emprego. Em relação ao episódio envolvendo o trabalhador portuário avulso Wilson Roberto dos Santos, vítima de acidente vascular cerebral (AVC) no posto de escalação 3, no dia 26 de novembro último, com base na documentação reunida e nas imagens coletadas através do sistema de monitoramento por câmeras, pode-se concluir que o atendimento emergencial prestado pelos colaboradores do OGMO-Santos e pela BEM – Emergências (empresa contratada para tal finalidade) foi desenvolvido a contento, uma vez que todas as medidas voltadas à aplicação dos primeiros socorros e à remoção do trabalhador vitimado foram realizadas em sua plenitude e dentro do tempo-resposta considerado satisfatório.

Foto: Ogmo Santos

Trabalhador passou mal no posto de escalação localizado na Ponta da Praia

Portogente - Qual esquema é adotado quando um trabalhador passa mal na escalação ou mesmo durante o trabalho no Porto?
Quando da ocorrência de acidentes do trabalho ou de casos clínicos (mal súbito) envolvendo trabalhador portuário avulso, deve ser acionado o serviço de atendimento emergencial da BEM – Emergências (via radio ou telefone 0800), cuja equipe se encarrega do socorro e remoção do trabalhador envolvido, conduzindo-o à unidade hospitalar mais indicada, considerada a especialidade e a urgência que o caso requer. Dependendo da gravidade do caso, o trabalhador é também imediatamente bloqueado na escala operacional, evitando-se com isto que ele volte a se engajar para o trabalho antes de ser devidamente avaliado e liberado pelo médico do trabalho para o labor.
 
Portogente - O OGMO realiza algum trabalho de conscientização para o trabalhador realizar regularmente check-up?
Além da realização dos exames periódicos e da emissão do competente atestado de saúde ocupacional (ASO), as equipes do Serviço Especializado de Segurança e Saúde do Trabalho Portuário (SESSTP) realizam constantes campanhas educativas voltadas à promoção de ações preventivas que neutralizem ou eliminem os riscos de acidentes, incidentes e doenças ocupacionais. Entre outras atividades do gênero desempenhadas, citamos o Diálogo Diário de Meio Ambiente e Segurança (DDMAS), realizado diuturnamente pelos Técnicos de Segurança do Trabalho do OGMO-Santos e a Semana Interna de Prevenção de Acidentes no Trabalho Portuário (SIPATP).

Portogente - O Ogmo sabe se existem trabalhadores que utilizam entorpecentes durante o trabalho? Existe algum programa de conscientização sobre os riscos?
O alcoolismo e o uso indevido de drogas constituem tema ainda bastante controverso e problema que, infelizmente, não aflige só o trabalho portuário avulso. Justamente por isso, ocupa sempre destaque quando o assunto é saúde e segurança do trabalhador, tornando-se, portanto, uma grande preocupação por parte do OGMO-Santos. A dependência química, assim como as doenças sexualmente transmissíveis (DST), é um tema bastante considerado e constantemente abordado nas campanhas educativas promovidas pelo OGMO-Santos e em todas as ações preventivas desenvolvidas. Tamanha é a importância do tema que a Secretaria de Portos, em parceria com o Ministério da Saúde, instituiu no corrente ano um Comitê dedicado à saúde e segurança do trabalhador portuário, de cujo grupo, o OGMO-Santos não só mantém representação como participa ativamente.

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