Sexta, 29 Março 2024

O cultivo do trigo se confunde com a história da humanidade. Fonte de energia, a produção mundial de trigo ultrapassa os 500 milhões de toneladas. Dele é derivado um alimento comum na mesa dos brasileiros: o pãozinho. 

 

O consumo de trigo em grão era habitual nas décadas de 60 e 70, principalmente em receitas de canjica de trigo, espinhaço de ovelha com trigo e ensopados diversos. Com a crescente oferta de produtos industrializados a base de trigo, este hábito foi gradativamente substituído, até desaparecer da culinária regional.

 

A produção do trigo no Brasil nunca atendeu completamente ao mercado interno. Os estados do Rio Grande do Sul e Paraná se destacam como os maiores produtores nacionais. Esta concentração da produção se deve graças a fatores de ordem natural, como o clima e solo. É na região sudeste que se concentra o maior consumo, obrigando o país a ser um grande importador de trigo.

 

O Brasil é tradicionalmente conhecido como grande importador de trigo, o que é favorecido pelo alto custo da produção interna e a baixa qualidade do trigo nacional, além dos altos custos de transporte devido as grandes distâncias entre os centros produtores e os centros consumidores.

 

A Argentina é o principal país exportador de trigo para o Brasil. A comercialização em geral se faz in natura, ou então beneficiado, adquirindo, assim, maior valor de troca no mercado nacional e internacional. O trigo no Brasil ainda é destinado basicamente à produção de farinha (75%) e de farelo (25%).

 

A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda um consumo anual de 76 quilos por habitante, faixa 25% acima da média de consumo paulista, que gira em torno de 52 quilos anuais por habitante. A quantidade é pequena quando comparada com países como a Argentina (91 kg/hab/ano) e a França (100 kg/hab/ano).

 

De acordo com a Associação Brasileira de Trigo, Abitrigo, os gaúchos são os maiores consumidores do país (com 61 kg/hab/ano), utilizando 40 quilos per capita a mais do que os brasileiros do Norte (23 kg) e do Centro-Oeste (22 kg).

 

De acordo com estatística divulgada pela Codesp, a movimentação acumulada de trigo na importação em 2005 superou a marca de 1,24 milhão de toneladas.

 

Como funciona

No Porto de Santos, o T-Grão Cargo Terminal de Granéis é o responsável pela operação dos únicos silos de armazenagem do porto. Localizado ao lado do Terminal de Passageiros, o terminal de grãos possui dois berços de atracação. Quando a embarcação carregada de trigo, em geral vindo da Argentina, atraca no cais, a primeira providência vem do Ministério da Agricultura. Fiscais retiram uma amostra da carga para ser feita a análise e depois de duas horas libera a descarga.

 

Um sugador se posiciona dentro dos porões do navio e “aspira” o trigo para as esteiras com 300 metros de comprimento. O trigo é direcionado para um elevador. Na seqüência, essa carga é levada para as balanças de fluxo onde é pesada e redirecionada para uma esteira subterrânea. Dali, segue em direção a um outro elevador que leva o trigo até o oitavo andar dos silos, a 30 metros de altura, e despeja a carga nas celas.

 

De acordo com o gerente operacional, Clayton Muniz Costa, o T-Grão opera 30 celas, com 12 intermediárias. A capacidade total dos silos chega a 35 mil toneladas. Da saída da carga dos porões do navio até o armazenamento nas celas, o processo dura 40 segundos. Um navio com 27.500 toneladas de trigo distribuídas em sete porões leva seis dias para ser descarregado completamente. O sugador tem capacidade para retirar dos porões até 300 toneladas por hora. Todo o terminal é automatizado. Sessenta funcionários divididos em três turnos fazem a operação do navio.

 

No momento da expedição, válvulas automáticas são acionadas e mandam o trigo para as moegas para ser carregado em três minutos nos caminhões ou nos vagões de trem. Cada caminhão leva, em média, 30 toneladas; um vagão leva 70. Depois de nacionalizar a carga, a documentação é conferida e o transporte liberado.

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