O resultado da concessão do Aeroporto de São Gonçalo do Amarante mostra de um lado ousadia e de outro temor. Ousadia do Grupo Engevix, detentor do vencedor consórcio Inframérica, que está apostando alto no Aeroporto, com um lance 200% superior ao valor mínimo. E temor dos que fizeram ofertas baixas ou nem entraram, não acreditando na sua viabilidade.
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A Engevix conhece bem o empreendimento, pois é a gerenciadora da construção da pista, a cargo do Exército Brasileiro. Mas o conhecimento da obra em si é pouco, pois a concessão é da exploração do aeroporto, ou seja, de um negócio e não apenas de uma obra. O negócio é promissor, em que pese a crise internacional. Poderá haver uma redução do número de turistas internacionais, mas continuará havendo um grande grupo viajando pelo mundo e o Brasil pode ser um dos locais de visita.
O aeroporto do Rio Grande do Norte aproximará mais os turistas norteamericanos e europeus do Brasil, transformando o Nordeste numa importante porta de entrada para o País, alternativa a São Paulo.
Foto: Ayrton Vignola/Agência Estado
José Antunes Sobrinho, vice-presidente da Engevix,
vibra ao vencer a concessão de São Gonçalo do Amarante
A Copa do Mundo dará maior visibilidade ao Brasil perante ao mundo e deverá promover um grande aumento de turistas internacionais para o país.
Das 12 cidades-sede da Copa, quatro estão no Nordeste, região que oferece o tripé praia, mar e sol, fora outros atrativos. Os turistas com destino ao Nordeste não precisarão entrar no País via São Paulo, o que envolve pelo menos mais 6 horas de viagem. Atualmente, já podem aportar em Recife, Salvador ou mesmo Natal, mas com poucas opções.
Com um moderno aeroporto, esse poderá ser um importante hub nacional, desafogando a concentração que já ocorre em São Paulo e que em 2014 ainda estará com grande déficit de atendimento.
Não depende apenas do aeroporto, mas de toda uma articulação com as companhias aéreas e com as agências de viagens.
Poderá ser um grande sucesso ou um "elefante branco".
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Resultado da enquete da última semana
A Baixada Santista está se preparando para dar suporte às milhares de pessoas que irão trabalhar na produção de petróleo e gás do pré-sal da Bacia de Santos?
* 57,1% - Sim, mas ainda timidamente
* 35,7% - Não
* 7,1% - Sim, de forma intensa e acelerada
Comentários
Silvio dos Santos, Florianópólis/SC - Respondeu Não
Os acessos, o transporte urbano, habitação, saneamento e meio ambiente necessitarão de investimentos. Na área da educação específica para o setor deverão ser criados cursos profissionalizantes.
Reginaldo Melo, Santos/SP Respondeu Não
Transporte vergonhoso, hospitais que não comportam nem os atuais habitantes da baixada e segurança de terceiro mundo.