Sexta, 29 Março 2024

Portogente leva ao ar nesta semana uma entrevista especial com o especialista em Logística e presidente da Estrada Transporte, Ronaldo Meira. Ele foi direto ao ponto no momento em que foi questionado sobre os portos brasileiros. “Há questões políticas que se sobrepõem a questões econômicas e técnicas, emperrando processos de melhoria mais rápidos e necessários.”

 

Leia a segunda parte da entrevista nesta terça-feira (21) no Portogente.

 

Portogente - Os portos brasileiros dão conta do crescimento do País?

Ronaldo Meira – O volume de mercadorias transacionadas pelos portos brasileiros aumentou exponencialmente nos últimos anos, contudo ainda temos muitos portos com baixa eficiência e produtividade, comparados com outros portos internacionais, mesmo que tenham melhorado seus índices de desempenho. Há questões políticas que se sobrepõem a questões econômicas e técnicas, emperrando processos de melhoria mais rápidos e necessários.

 

Portogente - O Brasil privilegia o transporte de cargas por meio rodoviário em detrimento de outros modais?

O Brasil tem possibilitado, depois das privatizações, muitos investimentos nos outros modais, através da iniciativa privada, que tem feito a sua parte. Contudo, o hiato de participação é muito grande para ser transposto em poucos anos. Não é uma questão de privilegiar modais, mas sim de utilizar o que existe de capacidade instalada hoje.

 

Portogente - A culpa das rodovias serem exaustivamente usadas é do Governo, que não investe em outros modais, ou da iniciativa privada, que prefere a agilidade das estradas?

Se existe culpa pela utilização maior das rodovias em detrimento de outros modais, é do Governo, responsável por esta parte de infraestrutura no Brasil. A iniciativa privada apenas utiliza o que existe para transportar suas cargas. Podemos lembrar que alterar o perfil de utilização dos modais é um projeto de décadas, não circunscrito a um único mandato de Governo. É um projeto da sociedade em geral.

 

Portogente - Num país de grandes dimensões como o Brasil, o setor ferroviário não deveria receber mais atenção e verbas?

Sim, deveria. Qualquer estudo, em qualquer país, indica que grandes dimensões geográficas seriam melhor atendidas por malha ferroviária, em grande escala e com uma malha rodoviária também generosa, que permitisse levar cargas até pontos que o trem não chega. O fato é que o Governo, que privatizou a malha ferroviária, oferece a atenção e verbas através do BNDES e a iniciativa privada tem feito o restante. O modelo atual não conta com investimentos diretos do Governo, tampouco com sua gestão.

 

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