A mudança do Secretário dos Portos, com status de Ministro de Estado, tem fatores estranhos que ainda não estão esclarecidos.
Seria natural a renovação, com um novo governo. Mas o Governo Dilma é uma continuidade do Governo Lula. E muitos ministros permaneceram.
Pedro Brito fazia parte da quota de Ciro Gomes e do PSB. A SEP foi mantida na mesma órbita, com os mesmos padrinhos. Por que, então, a substituição por um neófito em questões portuárias?
Seria por incompetência? Por idiossincrasias pessoais? Ou haveria outros motivos não revelados?
Escolhido um novo Secretário, que igualmente não é do ramo, a reestruturação do sistema portuário brasileiro volta à estaca zero.
A sua primeira tarefa será participar da escolha dos dirigentes das Cias. Docas federais, envolvendo a capacitação técnica, os interesses regionais e a distribuição partidária. Com Pedro Brito, tanto o PT como o PMDB perderam posições que querem reconquistar.
Independentemente das mudanças na cúpula, os portos precisam continuar funcionando, embarcando e desembarcando as cargas, em volumes cada vez maiores, face ao crescimento do comércio exterior brasileiro.
Há gargalos evidentes, mas a questão não está apenas em resolver os gargalos, mas equipar os portos para a continuidade do crescimento, assim como do modelo de desenvolvimento econômico brasileiro.
Qual será o rumo estrutural a ser definido pela presidente? Consolidar a posição do Brasil como um grande supridor mundial de commodities e importador de bens industrializados ou conseguir ser também um exportador de bens industrializados?
A estrutura dos portos para uma ou outra categoria de cargas é diferente.
Qual será a estratégia de Dilma/Cristiano para os portos brasileiros?
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