A Associação dos Usuários dos Portos da Bahia (Usuport) divulgou indicadores oficiais que escancaram as barreiras de infraestrutura portuária à competitividade das empresas baianas. Os estudos mostram, por exemplo, que 49% do comércio exterior da Bahia não dispõem de serviço regular marítimo direto e ressaltam que a espera para atracação de navios em 2010 é estimada em mais de 1.500 dias.
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Já o Custo Bahia – estimativa feita com base no que as empresas pagam do próprio bolso por não terem infraestrutura e serviços portuários adequados – está estimado em R$ 358 milhões apenas nos últimos 12 meses. Durante a realização do 6º Encontro Anual de Usuários, realizado em Salvador, o presidente da Usuport, Marco Martins, reclamou da insuficiência da rede de transportes.
“Estamos ilhados em termos de portos e ferrovias e ainda contamos com rodovias insuficientes. Chegou a hora de mudar esse cenário, unindo forças, aglutinando entidades. Temos poder intelectual para isso e quem sabe guindar a Bahia a uma das cinco maiores economias do País, até 2025.”
O diretor-executivo da Usuport, Paulo Villa exemplifica as preocupações dos baianos em uma rápida comparação entre a Bahia com Santa Catarina, dois estados com condições econômicas similares, porém diferentes realidades logísticas. “A Bahia, embora possua a maior extensão de litoral entre todos os estados, tem um terminal de contêiner, em Salvador. Este é composto por dois berços e só um é aparelhado com dois portêineres de tamanho limitado a navios Panamax. Isso é ruim”.
Estados | Participação no PIB do Brasil | Berços/Guindastes em 2012 | Linhas navegáveis |
Bahia | 4,0% | 2/5 | Entre 6 e 8 |
Santa Catarina | 4,1% | 10/21 | Mais de 30 |