O Plano de Geral de Outorga dos Portos Brasileiros (PGO), que teve sua primeira aprovada em setembro de 2009, será revisado. A Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) contratou a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) para fazer um estudo das hidrovias brasileiras. Assim, o PGO, que antes trazia 45 pontos viáveis para a construção de portos marítimos, apresentará também opções de locais para a instalação de portos fluviais.
A malha hidroviária será analisada em seu aspecto técnico, como largura, profundidade, capacidade de receber embarcações e também econômico. Para sugerir a implantação de um porto em determinado local, serão analisadas as características econômicas e a influência das cidades que margeiam o rio. Ainda não há previsão para finalização do estudo.
Adalberto Tokarski [foto], gerente de desenvolvimento e regulação da navegação interior da Antaq, afirma que ainda é cedo para dar uma previsão de quantos locais adequados para portos podem ser detectados, mas garante que o estudo dará segurança para os investidores. “Esse estudo vai ser uma ferramenta estratégica tanto para o governo realizar seus planejamentos, como para a iniciativa privada saber com segurança onde poderá investir”.
Ele ainda esclarece que a motivação do estudo não foi a demanda, mas a necessidade de integrar hidrovias, ferrovias, rodovias e portos. Para Adalberto, o estudo criará uma base de dados completa, que reúna informações de vários órgãos do governo. “Hoje não se tem um banco desse tipo, os dados estão dispersos. O melhor é que os funcionários da Antaq serão treinados para alimentá-lo, então ele não ficará desatualizado”, comemora o gerente.