Sexta, 29 Março 2024

O gerente do Centro Internacional de Negócios (CIN) da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), Marco Aurélio Marçal, destacou a necessidade de seu estado pensar urgentemente em novos projetos portuários para a movimentação de contêineres. Em seu entender, não é possível mais se perder tempo discutindo soluções paliativas para o Porto de Vitória, que em sua opinião não possui área suficiente para abrigar investimentos logísticos de grande porte. Ao PortoGente, Marçal defendeu a construção do Porto de Águas Profundas.

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“Nosso principal problema é o terminal de contêineres, que fica em Vitória, num porto cujo canal de acesso assoreia constantemente e precisa de dragagens dentro de uma determinada rotina. E como a dragagem sempre apresenta problemas para ser executada, precisamos mesmo pensar em um porto de litoral, o Porto de Águas Profundas. Ele atenderia a nossa necessidade de cargas, suportaria a demanda de navios contêineros cada vez maiores. Esse porto é a opção. Não podemos depender de Vitória para movimentar contêineres”.

Marco Aurélio lembra que os grandes grupos de armadores trabalham em outros mercados e continentes com embarcações de grande porte. Portanto, não investir em um porto capaz de receber no Brasil estes navios seria dar um tiro no próprio pé. Perder oportunidades de negócios e jogar dinheiro fora. Ele, inclusive, faz um alerta a quem participa das discussões sobre o Porto de Águas Profundas: não se pode mais perder tempo discutindo problemas pequenos ante a real necessidade de crescimento.

“O porto é a solução. Existem discussões técnicas sobre tamanho da retroárea, a localização mais benéfica, mas isso é um pouco como discutir o sexo dos anjos. A principal necessidade é o Espírito Santo ter logo em mãos um terminal contêinero capaz de evitar a fuga de cargas valiosas para outros portos, como Rio de Janeiro e Santos, somente para citar dois exemplos. Acho que temos sim que debater o novo porto, mas este processo inicial não pode mascarar a urgência que o Porto de Águas Profundas tem para ser construído”.

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