Sábado, 23 Novembro 2024

O excesso de informações gerado pelas operações logísticas sempre foi um dos principais problemas enfrentados pelo setor. Todo o processo entre o recebimento da mercadoria, armazenagem, movimentação interna, separação das cargas, expedição, transporte até que o produto chegue, efetivamente, no lar do consumidor, exigiam anteriormente muita força humana de trabalho, com diversas planilhas de controle, mapeamento de galpões, incontáveis inventários, declarações, notas fiscais e outros elementos que, mesmo com todo o cuidado possível, ocasionavam erros bastante expressivos, que refletiam diretamente na experiência do consumidor.

Recentemente, representantes do varejo da região Norte do Brasil se queixaram sobre as dificuldades logísticas enfrentadas pela região, segundo eles, em decorrência, principalmente, da falta de emprego de tecnologia que permita o controle de mercadorias, dentro e fora dos galpões de armazenagem, monitoramento das entregas e roteiros traçados de maneira automatizada.

Assim como em todas as demais áreas, o ambiente da indústria também está cada dia mais digitalizado, demandando muito mais investimentos em alta conectividade, inovações tecnológicas e transformação digital.

“A chamada quarta revolução industrial trouxe diversos benefícios, que também beneficiaram, e muito, o setor logístico. Esse ‘empurrão’ tecnológico ao qual fomos submetidos, principalmente a partir da pandemia, ajudaram a resolver muitas das principais dificuldades que tínhamos no segmento logístico, sejam distribuidores, transportadoras, operadores logísticos e tudo mais o que se inclui em nosso segmento.” aponta Jazeel Santos, diretor da In-Haus, uma das maiores operadoras de intralogística com aplicações tecnológicas do país.

Para o especialista, a aplicação prática da tecnologia no setor logístico não beneficia apenas o consumidor final, mas principalmente as próprias empresas logísticas, afinal, de acordo com Jazeel, o uso combinado de diferentes tecnologias que possibilitem, entre outras coisas, rápida e precisa visibilidade de dados e gerenciamento das atividades, pode gerar uma economia bastante expressiva à empresa, que consegue aumentar sua produtividade reduzindo custos, eliminando a pessoalidade dos processos e melhorando a performance de toda a operação, reduzindo, inclusive, os erros humanos.

Uma recente pesquisa publicada pela Transparency Market Research (TMR) demonstra que a expectativa é que, em 2023, mais de 92 bilhões de toneladas de mercadorias circulem ao redor do mundo, o que pode tornar mais essencial ainda a necessidade da implantação de tecnologias no setor.

“Além de toda a inovação tecnológica que empregamos na In-Haus, somos também atentos à outra tendência global que é a chamada ‘eco-logística’. A preservação do meio ambiente se tornou algo tão essencial quanto as nossas próprias operações em si. Por isso, a redução dos impactos ambientais, desde o armazenamento até o transporte, são preocupações muito latentes para nós”, pontua Jazeel Santos, em referência aos dados da mesma pesquisa da TMR, que prevê uma preocupação cada vez maior com os impactos ambientais da atividade logística no mundo.

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