Solução desenvolvida pela Hexagon.Pro está presente nos terminais das duas maiores empresas de celulose do Brasil. Iniciativa está em produção há 8 meses e recebeu aporte inicial de R$ 2,5 milhões para se desenvolver
Para trazer mais agilidade à operação logística nos terminais de celulose, a startup Hexagon.Pro, localizada em Santos, no litoral paulista, desenvolveu um software que unifica a gestão de toda a cadeia de exportação, diminuindo gargalos de produtividade e aumentando a capacidade de operação. Em atividade há pouco mais de 8 meses, a iniciativa, que recebeu um aporte inicial de R$ 2,5 milhões em rodada pré-seed, está presente nos terminais das duas maiores empresas de celulose do Brasil e é responsável por movimentar pouco mais de 85% da celulose exportada no Porto de Santos.
Time da Hexagon Pro está revolucionando o mercado de exportação de celulose no Porto de Santos. Crédito: Divulgação.
Com uma solução que permite controlar desde o transporte, passando por armazenagem, planejamento e embarque no navio, a solução da Hexagon.Pro tem contribuído diretamente para o aumento no volume da exportação de celulose no Brasil. Isso porque é do Porto de Santos que sai a maior quantidade de celulose para outros países. Segundo a Santos Port Authority (SPA), somente em fevereiro, o complexo portuário santista exportou 613,9 mil toneladas de celulose. No mês de janeiro, o resultado foi ainda melhor, totalizando 655 mil toneladas.
De acordo com Luiz Simões, CEO da Hexagon.Pro, o software desenvolvido pela startup já movimentou mais de 6 milhões de toneladas de celulose, tendo operado o embarque de quatro navios simultaneamente. Atualmente, a iniciativa está em negociações para operar em terminais que ficam fora do estado de São Paulo, como no Espírito Santo (ES), Maranhão (MA) e Bahia (BA).
“Em 6 meses de fundação, fomos selecionados no Cubo Itaú, o maior hub de inovação da América Latina. Participamos da Intermodal 2022, considerada a maior feira de logística do Brasil. Agora iniciamos um road show pelo Brasil para apresentar a solução. O objetivo é mostrar o potencial da ferramenta para todos os recintos alfandegados e não alfandegados que operam celulose, granel e carga solta”, explica Luiz sobre os próximos passos e negociações.
Os benefícios do software desenvolvido pela Hexagon.Pro podem ser observados por meio de diversos aspectos. Em relação à tecnologia, segurança, agilidade e ganho de produtividade, Leandro Duca, CTO da Hexagon.Pro explica que nem todas as vantagens são possíveis de resumir a percentuais, pois os resultados vão depender do modelo de operação dos terminais, no entanto, a economia pode ficar em mais de 20%.
“Para um mercado regulado e cada vez mais competitivo, buscar produtividade com controle, gestão e inteligência é o caminho para atender uma demanda cada vez maior”, resume. Leandro Duca.
Crescimento exponencial
Para se desenvolver e iniciar a atuação no mercado, a Hexagon.Pro recebeu em 2021 um aporte de R$ 2 milhões em rodada de pré-seed. Com mais de 20 colaboradores dedicados ao aprimoramento da solução, a startup conquistou clientes que exportam milhares de toneladas de celulose para o exterior e, nos próximos 12 meses, a iniciativa prevê crescimento e expectativa de faturar perto de R$ 3 milhões no primeiro ano.
De acordo com o Panorama Geral da Indústria de Celulose no Brasil e no Mundo, realizado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), o país é altamente competitivo na produção de celulose e exporta cerca de 70% de sua produção. Além disso, em 2021, o Brasil manteve a posição do ano anterior ficando em 1º lugar no ranking mundial de exportação de celulose.
Conforme explica Luiz Simões, a startup atua em um mercado no qual o Brasil é líder mundial de exportação de celulose e está entre os cinco maiores exportadores de grãos, o que torna a solução desenvolvida ainda mais necessária e eficiente para os terminais. “Nós temos o privilégio de estar no país que mais exporta celulose e entre os que mais exportam grãos no mundo. Isso é importante tanto para nós, quanto para os nossos clientes, que têm mais oportunidade no mercado. Investir em uma tecnologia que entrega controle, gestão e inteligência para toda a cadeia de exportação é o caminho para se manter no topo e suportar o crescimento”, finaliza.