Sábado, 20 Abril 2024

Profissionais de TI do Estado são os mais produtivos do Brasil, segundo estudo.

O Paraná está na contramão do cenário brasileiro em relação ao setor de Tecnologia da Informação (TI), que apresenta tendência de queda em seu faturamento médio de 22,1%.

TI Empregos

Enquanto estados como São Paulo recuaram 17%, o Paraná apresentou um crescimento de 21,8% em 2019 no quesito. Quando nos referimos ao faturamento total do setor, esta porcentagem aumenta para positivos 25,9%, contra negativos 19,7% de São Paulo.

Os dados fazem parte do relatório “Tech Report 2020 - Panorama do Setor de Tecnologia Catarinense 2020”, realizado pela Associação Catarinense de Empresas de Tecnologia (Acate), em parceria com a Neoway, empresa de software de big data, que recebeu o apoio da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), estatal de financiamento à ciência.

Em 2019, os paranaenses de TI faturaram R$21,2 bilhões contra R$16,8 bilhões em 2018, ficando apenas atrás de São Paulo quanto ao montante. As empresas de tecnologia no estado paulista faturaram R$115 bilhões, mas apresentaram queda significativa em relação ao ano de 2018, que registrou R$143,2 bilhões em faturamento.

Produtividade maior
Considerando a razão entre o faturamento médio e a média de colaboradores por empresa, a produtividade do setor de tecnologia do Paraná é a primeira do ranking entres as unidades da federação (UFs) avaliadas. A receita das empresas paranaenses por trabalhador é de 90 mil reais. Santa Catarina fica em segundo lugar com 77 mil, Rio Grande do Sul em terceiro com 67 mil e São Paulo vem em seguida com 52 mil.

O relatório também analisou as cidades que se destacam por sua eficiência produtiva e Curitiba ficou em primeiro lugar com R$108mil, 22 mil a mais que em 2018.

Mais empregos
O Paraná é o sexto estado brasileiro com o maior quadro de colaboradores no setor de tecnologia do Brasil, com taxa de 14,2 para cada mil trabalhadores formais em 2019. A taxa de crescimento dos empregos ficou em 15,5% de 2018 para 2019, a segunda maior entre as UFs citadas no relatório da Acate. Em primeiro lugar está a Bahia, com 20,6% de alta. No Paraná foram criados mais de 4.300 empregos no setor, no período analisado.

Presença da TI
O Paraná é o quarto no ranking dos estados com o maior número de empresas do setor de tecnologia, com 19,6 mil, ficando apenas atrás dos estados de São Paulo (1º com 122,7 mil), Rio de Janeiro (2º com 30,3 mil) e Minas Gerais (3º com 26,3 mil).

O Brasil conta com 306,4 mil empresas atuando no setor de tecnologia. São cerca de 7 mil a mais em comparação com 2018.

Em 2019, no Paraná são 600 empresas a mais que em 2018. Ao todo, a cidade de Curitiba, capital paranaense, tem 4,4 empresas de TI por mil habitantes.

Quem empreende
O Paraná fechou 2019 com 13 mil empreendedores a mais no setor de TI que em 2018, passando de 23 mil para 36,2 mil (concentração de 6% do total), deixando o estado somente atrás de São Paulo (244 mil ), Rio de Janeiro (68,2 mil) e Minas Gerais (52,9 mil).

De uma maneira geral, a nível nacional, o estudo revela que os empreendedores são predominantemente do sexo masculino: cerca de 73,9% do total de sócios registrados no Brasil. Desde 2015, essa participação está aumentando, enquanto a presença das mulheres no setor vem caindo. Em 2015, cerca de 29,5% dos empreendedores eram mulheres, mas, em 2019, a taxa caiu 3,4 p.p., passando para 26,1%.

Os empreendedores estão, em sua maioria, entre os 29 e 43 anos de idade. Na mesma faixa etária se encontram as mulheres empreendedoras, com média de idade de 46 anos. De 2015 para cá, a média de idade dos empreendedores do setor caiu, passando de 44 para 42 anos em 2019

Avaliação do cenário
Na avaliação de Adriano Krzyuy, presidente da Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação do Paraná (Assespro-PR), o crescimento do setor de tecnologia do Paraná é uma consequência dos diversos investimentos e iniciativas que objetivam transformar o Estado no mais inovador do país.

Ele avalia os dados positivos como um reflexo das ações desenvolvidas entre entidades, governo, iniciativa privada e academia. Entre elas, Adriano destaca as iniciativas e debates promovidos acerca da educação no setor.

“Muitas vezes, quando o aluno sai da faculdade para o mercado de trabalho, muita coisa que ele aprendeu já está defasada em virtude da velocidade com que a tecnologia se transforma. Por isso, nos últimos anos, as instituições de ensino que atendem o setor têm refletido para proporcionar aos estudantes uma nova dinâmica de aprendizado. Estamos vendo os resultados na prática, com profissionais que apresentam alta produtividade para as empresas”, diz o presidente da Assespro-PR, entidade quem vem ao longo dos últimos anos encabeçando o debate no estado.

Adriano Krzyuy comenta ainda que a produtividade dos profissionais reflete diretamente no faturamento das empresas e do posicionamento no estado no topo do ranking, mas também proporciona ganhos na área do empreendedorismo e no desenvolvimento de ideias inovadoras.

Sobre o assunto, o Governador do estado do Paraná Carlos Massa Ratinho Junior comentou que a presença da tecnologia tende a crescer e se tornar cada vez mais importante em todos os segmentos. “Já não é possível imaginar os outros segmentos da economia, como a indústria, o comércio e o agronegócio, sem a participação da área de inovação. Por isso nos orgulha muito acompanhar o desenvolvimento e o destaque que o setor de tecnologia paranaense ganha no cenário nacional. O bom resultado é fruto de um trabalho conjunto que trará ainda mais frutos para o estado”, diz.

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