A China se tornou o principal destino da carne suína produzida em Santa Catarina. Desde o início de 2020, o estado enviou mais de 38,6 mil toneladas do produto para o gigante asiático - o valor representa um crescimento de 116,4% em relação ao mesmo período de 2019. No ano passado, o Estado teve o melhor desempenho da história na exportação de carnes.
"A suinocultura catarinense vive um ótimo momento. Nosso estado é reconhecido internacionalmente pela qualidade dos seus produtos, prova disso é que 55% da carne suína exportada pelo Brasil tem origem em Santa Catarina. Nós temos acesso aos mercados mais exigentes e competitivos do mundo", destaca o secretário da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural, Ricardo de Gouvêa.
No primeiro bimestre de 2020, Santa Catarina exportou 73,6 mil toneladas de carne suína, com um faturamento de US$172,4 milhões, um aumento de 55% em comparação com o ano anterior.
China e Hong Kong responderam por 68,2% das receitas catarinenses com exportação do produto no primeiro bimestre do ano. Chile, Japão e Argentina também são importantes mercados para Santa Catarina.
Mercado aquecido
Segundo o analista do Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Epagri/Cepa), Alexandre Giehl, a demanda chinesa deve continuar elevada este ano, uma vez que houve queda brusca no rebanho suíno daquele país ao longo de 2019, em decorrência de um surto de peste suína africana.
"Além disso, alguns analistas apontam para a possibilidade do recente surto de coronavírus afetar o processo de recuperação da produção suína da China, já que o país passa por alguns problemas de logística interna em função do vírus", explica.
Os números são divulgados pelo Ministério da Economia e analisados pelo Cepa/Epagri.