País encerrou 2019 com crescimento de 13,9% no volume das exportações ante 2018. Volume de cafés diferenciados apresentou alta de 21,2% com a exportação de 7,5 milhões de sacas. Em dezembro, Brasil embarcou 2,99 milhões de sacas de café
Em 2019, o Brasil exportou 40,6 milhões de sacas de café, considerando a soma de café verde, solúvel e torrado & moído, segundo relatório consolidado pelo Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé). O dado representa um recorde histórico das exportações do produto, assim como aumento de 13,9% em relação ao volume total exportado em 2018. A receita cambial com as exportações de café em 2019 alcançou US$ 5,1 bilhões, enquanto que o preço médio da saca foi de US$ 125,49.
"A performance das exportações de café brasileiro em 2019 apresentou um resultado dentro daquilo que nós prevíamos para o ano, com o recorde histórico de 40,6 milhões de sacas embarcadas para o mundo. Os resultados ao longo de 2019 foram, sem dúvidas, muito positivos e refletem a excelência e eficiência do agronegócio café do Brasil em atender à demanda global pelo produto. É importante observarmos também que, entre os maiores consumidores de café brasileiro, quase todos apresentaram um aumento substancial nas importações, o que foi de suma relevância para o desempenho das exportações ao longo do ano de 2019”, declara Nelson Carvalhaes, presidente do Cecafé.
“O Brasil mantém sua posição de liderança mundial e é um país protagonista na oferta de cafés sustentáveis para o mundo, oferecendo um produto com total segurança e qualidade, graças a sua alta competência e ao foco na sustentabilidade. Temos um quadro importantíssimo de países importadores – no ano passado foram 128 países parceiros que consumiram o nosso café – e é importante salientarmos também que o país está preparado para atender a demanda global crescente com grande possibilidade de incremento nos próximos anos”, ressalta.
Com relação às variedades embarcadas, no total do ano de 2019, o país exportou 36,6 milhões de sacas de café verde (32,6 milhões de sacas de arábica e 3,9 milhões de robusta), o que representa um aumento de 14,8% em relação a 2018. Vale destacar que a exportação do café robusta (ou conilon) apresentou crescimento de 59,5%, se comparado ao ano anterior, enquanto o arábica registrou aumento de 11% no período. Já os cafés industrializados apresentaram alta de 7%, com a exportação de 4 milhões de sacas, sendo 3,98 milhões de café solúvel e 24,4 mil de torrado & moído. Neste caso, o café solúvel teve crescimento de 6,9%, enquanto que o torrado & moído, 27,2%.
Vale destacar também que tanto as exportações de café verde (robusta + arábica) quanto de café solúvel apresentaram resultados recordes no desempenho das exportações em 2019.
Principais destinos
No compilado do ano civil de 2019, os Estados Unidos permaneceram como o país que mais consumiu café exportado do Brasil, com 7,9 milhões de sacas (19,4% das exportações totais no ano passado). O segundo maior destino foi a Alemanha, com 6,8 milhões (16,7%) e, em terceiro, a Itália, com 3,6 milhões (8,8%). Na sequência estão: Japão, com 2,6 milhões de sacas (6,4%); Bélgica, 2,5 milhões (6,2%); Turquia, 1,2 milhão (2,9%); Federação Russa, 1,1 milhão (2,6%); México, 951 mil (2,3%); Reino Unido, 941 mil (2,3%); e Canadá, 900,2 mil (2,2%).
Exceto o Reino Unido, que apresentou queda de 25,5% nas exportações quando comparado a 2018, todos os principais destinos registraram aumento no consumo de café brasileiro, com destaque para o México, que teve crescimento de 200,8% na compra; seguido por EUA (24,7%); Alemanha (19,4%); Federação Russa (18,6%) e Turquia (18,2%).
Portos
Em 2019, o Porto de Santos se manteve na liderança como a principal via de escoamento da safra para outros países, com 78% de participação (31,7 milhões de sacas embarcadas no ano passado). Os portos do Rio de Janeiro seguem em segundo lugar, com 12,7% de participação (5,1 milhões de sacas embarcadas por eles).
O relatório completo das exportações de café em 2019 está disponível no site do Cecafé: http://www.cecafe.com.br/.