Com a intenção de consolidar-se de vez no mercado latino-americano, a Staedtler - uma das empresas industriais mais antigas da Alemanha e que faz parte da grande tradição dos fabricantes de lápis de Nuremberg desde 1835 - aportou recentemente a maior fábrica de materiais escolares e de escritório do Peru, a Artesco. Seguindo com os investimentos na região, a companhia selecionou o Brasil para residir sua primeira subsidiária na América Latina, dando início a estratégia de expandir em operação e portfólio.
Para Axel Marx, CEO Global da Staedtler, a aquisição majoritária do negócio peruano pode ser considerada uma grande oportunidade para ambas as marcas. "Esta Joint Venture é um grande trunfo para nós. Depois de muitos anos, temos novamente uma base de produção no continente americano e, portanto, um posicionamento significativamente mais forte nos mercados regionais", afirma o executivo.
Segundo o Instituto Internacional de Finanças (IIF), o Brasil é o país que mais recebe investimento estrangeiro direto entre as nações emergentes. O indicador criado pelo próprio IIF busca, segundo seus estudos, medir de maneira mais precisa os fluxos de financiamento externo dos últimos anos. Sendo assim, fica evidente que empresas como a Staedtler - que possui uma cota de exportação da Alemanha superior a 80% - vêm ganhando cada vez mais segurança e estão otimistas em apostar suas fichas nos negócios locais.
Presente mundialmente em mais de 150 países, com nove fábricas de produção e um total de 3.000 funcionários, a companhia alcançou um faturamento de quase 1,6 bilhões de reais em vendas no ano passado. Devido a este desempenho significativo e outros fatores, houve um aumento nos empreendimentos internacionais da empresa, juntamente a sua estratégia global que incentiva a importância do desenvolvimento das raízes analógicas e criatividade humana.
"O posicionamento da subsidiária no Brasil é colorir o futuro da marca no país, em todos os sentidos, nas relações com clientes imediatos e o consumidor final", explica Alexandre Facci, Manager Director Brazil. Para o executivo, o momento é de apresentar produtos ainda pouco conhecidos para o consumidor brasileiro, através do relacionamento direto com as papelarias. "Tudo isso, sem deixar de lado o esforço no desenvolvimento de materiais com o máximo de qualidade, precisão e conforto", completa Facci.
Falando em expansão de categoria, a marca pretende trazer ainda este ano sua linha de massa de cerâmica plástica FIMO - fabricada pela Staedtler, que possui alta durabilidade e pode ser utilizada para fazer acessórios, enfeites de decoração, esculturas e muito mais - propagando assim suas atividades no segmento de artesanato.