A Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) divulgou os dados conjunturais do setor, tendo como base o primeiro trimestre do ano, no primeiro dia da Feira Internacional de Máquinas-Ferramenta e Automação Industrial (Expomafe 2019), que começou no dia 7 último e termina no próximo sábado, 11 de maio, no São Paulo Expo. Na ocasião, João Carlos Marchesan, presidente do Conselho da entidade, destacou que “o setor tem urgência para crescer”.
João Carlos Marchesan, presidente do Conselho de Administração da entidade.
De acordo com o dirigente, no mês de março a receita líquida de máquinas e equipamentos se manteve estável em relação a fevereiro, ao passo que, no trimestre, o desempenho foi positivo, com 6% a mais. Segundo a entidade, o protagonista foi o mercado doméstico (+18%), cujas vendas ganharam participação no consumo aparente nacional. Para a entidade, o que se espera é que o setor atinja um faturamento acima do observado em 2018, embora as taxas de crescimento, provavelmente, serão menores.
A associação revelou que, em março deste ano, o setor registrou resultado positivo nas exportações em relação ao mês anterior, com 27,2%, e ante ao mesmo mês do ano passado, com 0,6%. A taxa de queda recuou e o resultado do trimestre passou de -17,7% para -11,7%.
Entre os setores estrangeiros que mais compraram máquinas e equipamentos nacionais, estão o de máquinas de logística e construção civil, com 57,2%, com destaque para o aumento nas vendas de máquinas rodoviárias (69%). Os componentes para a indústria de bens de capital também marcaram presença (42,8%), pontuando o aumento das vendas de válvulas industriais (141%). Os produtos brasileiros foram destinados, por ordem de classificação, para os Estados Unidos, Europa e América Latina.
Já as importações cresceram 12,2% em março sobre o mês anterior e recuperou parte da queda observada em fevereiro. Na comparação interanual, o resultado foi de 1,9% a menos, indicando, conforme a Abimaq, que a demanda interna por produtos importados continua abaixo do esperado. A China segue como a principal fornecedora de máquinas e equipamentos para o mercado brasileiro.
Por sua vez, o nível de utilização da capacidade instalada (NUCI), ao longo do primeiro trimestre do ano, ficou em 0,4% acima do que foi registrado na mesma época do ano passado. E a taxa de emprego oferecida pelo setor de máquinas e equipamentos ficou em 300 mil postos de trabalho em 2018, apresentando uma melhora de 0,2% em março deste ano. A associação ressalta que a expectativa para 2019 é, inclusive, a manutenção dessas taxas de crescimento.
