O ano de 2019 promete ser um ano de retomada econômica para o Brasil, apesar de o futuro permanecer incerto. Independentemente do cenário ser de baixo ou alto crescimento, algo é determinado: as empresas precisam estar cada vez mais atentas à sua supply chain, a cadeia de abastecimento de mercadorias e serviços.
Segundo Aurélien Jacomy, CEO da consultoria Diagma Brasil especialista em supply chain management, os empresários do país precisam estar preparados tanto para uma real aceleração de vendas, quanto para um crescimento seguido de queda, o que as manteria no mesmo patamar. "Será importante então trabalhar para que a cadeia de suprimentos esteja adequada à gestão de um potencial pico de venda. Se esse ápice vier, ganhará mercado quem apresentar capacidade de venda e de produção", aconselhou Jacomy.
Se o crescimento for duradouro, as empresas precisam se preparar para uma maior capacidade de produção e, consequentemente, para o incremento dos estoques na cadeia. Por outro lado, o planejamento de produção e de venda deve levar em consideração uma potencial recaída econômica, evitando, por exemplo, a fabricação de produtos com risco de obsolescência.
Fator de competitividade
Jacomy também adverte que o consumidor pode mudar seu comportamento e privilegiar novamente a prestação de serviço, em vez de priorizar os preços mais baixos. "Se os supermercados perderam em faturamento durante a crise, em favor dos atacadistas, a retomada da economia pode inverter a tendência", exemplificou o CEO da Diagma. "Diversas empresas de varejo investiram na transformação digital durante os dois últimos anos, oferecendo mais serviços e facilidades para seus clientes, com entrega em domicílio mais rápida, entrega na loja, acessos online aos estoques da empresa, entre outras inovações".
"Com a retomada, quem realmente conseguiu realizar uma transformação robusta vai se destacar. Quem investiu em novos serviços sai à frente da concorrência nessa corrida", concluiu Jacomy.
Apesar de recente, a gestão de supply chain está se tornando cada vez mais um fator de competitividade. Com escritório em São Paulo desde 2013, a Diagma dobrou seu crescimento nos últimos cinco anos. No mundo, a Diagma já foi responsável por mais de mil projetos em quatro países: Brasil, França, Marrocos e Turquia.