Sexta, 22 Novembro 2024

Deborah Toschi é coach certificada pelo Integrated Coaching Institute (ICI ) e cursou MBA em RH na FIA-USP

Já me deparei várias vezes com artigos sobre o que o RH não te conta, e aí vem aquele engajamento altíssimo das pessoas em cima desta área. Então decidi trazer um contraponto, pois se engana quem acha que só de flores e alegria vive a área de RH.

São 10 pontos que muitos profissionais desta área já passaram e passam, mas que ninguém costuma contar por aí:

Nós sofremos quando temos que dar um feedback negativo para um candidato. A maioria das decisões finais não é do RH, e sim existem áreas que não compartilham conosco sua decisão.

É muito difícil saber que existe um planejamento de corte de funcionários. Ter que operacionalizar processos de demissão em massa são dias difíceis e doloridos.
Muitas vezes trabalhamos arduamente para que injustiças não sejam cometidas em processos de avaliação e reconhecimento.

Contratar, desenvolver e reter os funcionários é a nossa missão, mas vocês já observaram se o mesmo cuidado acontece para os próprios profissionais de Relações Humanas (RH)? Existem empresas que não cuidam do RH porque consideram uma área que gera apenas custo para a empresa. Muitas vezes a área não participa de determinados treinamentos, ou mesmo tem um orçamento baixíssimo para capacitação de seu time

Não, não é nada fácil atender a todos. Os que estão dentro e os que estão fora da empresa. Os que estão no mesmo país ou cidade, e os que estão longe. Nem todo mundo liga ou escreve em tom educado, compreensivo. Muitas vezes despejam sua insatisfação no RH, já que não tem espaço e/ou coragem para fazê-lo com quem devia.

Existe uma falsa ilusão e fantasia que não somos funcionários também, e com isso sofremos os mesmos riscos e impactos das decisões tomadas pelos líderes das empresas. As pessoas têm a falsa impressão que somos uma área blindada. Ledo engano.

As lideranças nem sempre nos recebem com todo respeito e consideração, e sim, temos que nos provar às vezes em dobro para ter uma voz ativa.

Sim, temos que lidar com candidatos que faltam, que mentem, que enganam, que desistem. Felizmente não é comum, mas não é raro você preencher uma vaga, respirar aliviado (pois o líder da vaga vai parar de cobrar a falta deste recurso) e o candidato no processo de admissão voltar atrás.

A que se ter uma postura firme e muitas vezes corajosa para não tomar para si os deveres que são de outros, pois as pessoas “delegam” a responsabilidade sobre o seu desenvolvimento para a área de RH.

O RH não é um mundo cor-de-rosa onde todas as pessoas se amam. Existe também competitividade, alegrias, decepções e diferenças.

Isto não é motivo para abafar os erros que encontramos dentro da área, mas nos faz pensar um pouco do ponto de vista cultural da realidade de quem está do outro lado da mesa.

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*Todo o conteúdo contido neste artigo é de responsabilidade de seu autor, não passa por filtros e não reflete necessariamente a posição editorial do Portogente.

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