José Luiz Tejon Megido, conselheiro fiscal do Conselho Científico Agro Sustentável (CCAS) e diretor do Núcleo de Agronegócio da ESPM
Um novo modelo para o bem estar animal começa a ser estudado no Brasil. A Embrapa diz tratar-se de uma alternativa comparada aos modelos utilizados para as vacas de leite, chamados em inglês de compost barn. O que em português seria estábulo de composto.
Esse sistema deixa os animais livres, eles saem para passear (ao modelo dos pets) enquanto os estábulos levantados com materiais modernos são tratados com serragem trocando esse composto antigo por uma nova base. A vantagem é que essa mistura é rica também para a adubação de áreas, muito útil para hortaliças, o que é chamado de cama orgânica.
Essa ideia, uma inovação, permite a integração da produção de leite com a pecuária de corte, e vai permitir também, o desenvolvimento do empreendedorismo em áreas consideradas pequenas para o gado de corte, com 100 e 200 hectares.
Com essa tecnologia do compost barn haverá uma melhoria gigantesca no leite e uma proximidade das melhores carnes de elevada qualidade dos locais de consumo. Ou seja, teremos uma pecuária local, assim como se preconiza uma local farming, agricultura local mundo afora. Na cidade de Itapetininga, no Estado de São Paulo, por exemplo, já existe uma iniciativa chamando a atenção de cooperativas e de produtores, trata-se da biosphere Agribusiness, que é semelhante ao compost barn.
Compost barn, uma revolução para o leite e a pecuária de corte de elevada qualidade em áreas pequenas. O empreendedorismo rural está avançando!