Algumas manchetes, só dos últimos 30 dias, são autoexplicativas:
“Roubo de carga tem quase 6,5 mil casos registrados no Rio só este ano”. “Suspeitos fecham Dutra e sequestram segurança para comunidade na Zona Norte”. “Índices de Roubo de Carga aumentam no Rio de Janeiro (últimos 2 anos)”. “Rio de Janeiro registra um roubo de carga por hora em 2016”. “Com recessão, traficantes do Rio investem em roubo de carga”. “Com recessão, traficantes do Rio investem em novo negócio: roubo de carga”.
“Roubo e furto de cargas crescem em São Paulo”. “Número de roubos cresce pelo oitavo mês consecutivo no Estado de SP”. “Roubo e furto de cargas crescem 60% no Estado de São Paulo, em um ano”. “Estradas de SP estão entre as mais inseguras do mundo”.
“Roubos de carga têm aumento de 70% nas estradas da região (Vale do Paraíba)”. “Roubo de carga: aumento de 70% no Vale”. “Tentativa de homicídio e roubo de carga têm aumento em Mogi”. “Roubos de carga sobem 35% nas cidades do Alto Tietê, diz SSP”. “Roubos sobem 11,43% na Baixada Santista e Vale do Ribeira em setembro”.
“Roubos de carga têm aumento de 30% na Bahia”.
“Paraná tem três roubos de cargas por dia”. “Rodovia Curitiba-SP está entre as mais visadas para roubo de cargas”. “Policiais são atacados por índios que tentavam saquear carga na BR-376”.
“Saques de cargas crescem em rodovias do Sudeste do país”.
“A informação interessante é que a imensa maioria dos roubos e furtos acontece na região sudeste do país... Os assaltos acontecerem nestas regiões tem lógica... No raio de cem quilômetros em volta de São Paulo estão, além da Capital, Campinas, Santos, Sorocaba e São José dos Campos, ou seja, algumas das regiões mais ricas e industrializadas do país. E o mesmo se repete no Rio de Janeiro, e em Belo Horizonte, ainda que tendo um número menor de eventos desta natureza...
As cargas roubadas têm destino certo. Alimentam o mercado paralelo, camelôs e até lojas regularmente estabelecidas. O importante é que as mercadorias possam ser rapidamente retiradas dos caminhões originais e acondicionadas em outros veículos, mais de acordo com a finalidade do assalto.
Cigarros, medicamentos, telefones celulares normalmente são embarcados em veículos leves, que já fazem a entrega final, de acordo com o plano previamente traçado para a entrega. Pneus e carnes, pela natureza do produto, exigem desembaraço mais sofisticado, envolvendo pátios para descarga e veículos mais pesados.”
“Londres avalia roubo de cargas no Brasil (JCC Cargo Watchlist”). “Roubo de cargas coloca Brasil no mapa mundial das estradas mais perigosas”. “Relatório internacional coloca Brasil no mapa mundial das estradas mais perigosas”.
“Prejuízo com roubos de carga passou de R$ 1,2 bilhão no Brasil em 2015”.
“As transportadoras estão denominando as cargas dependendo do valor segurado e frequência de roubo. São catalogadas como Carga Ouro (valor transportado acima de R$ 700.000,00), Prata (R$ 400.000,00) e Bronze (valores entre R$ 100.000,00 e R$ 200.000,00). Algumas transportadoras estão aumentando os valores de seus fretes ou recusando levar as cargas ouro”.
“Onda de roubos de carga leva seguradoras a endurecer exigências”.
“Projeto Carga Segura já está em fase de implantação”.
“Roubo de carga é discutido em reunião com a ABTC, CNT e PRF”.
“PRF realiza I Seminário de enfrentamento a roubos de carga e a veículos de transporte de passageiros”.
As ricas matérias, lincadas, detalham as informações e o multifacetado tema de roubo de cargas. Este, se já é considerado nos arranjos e projetos operacionais, planos de prevenção e combate; certamente precisará passar a ser considerado, também, nos estudos de viabilidade e de viabilização de infraestruturas e sistemas logísticos no País.
Consultor. Foi presidente da Companhia Docas de São Sebastião (CDSS), SPTrans, CPTM e Confea. Diretor da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), do Departamento Hidroviário de SP e do Metrô de SP. Presidiu também o Conselho de Administração da CET/SP, SPTrans, Codesa (Porto de Vitória), RFFSA, CNTU e Comitê de Estadualizações da CBTU. Coordenador do GT de Transportes da Política Estadual de Mudanças Climáticas (PEMC-SP). Membro da Comissão Diretora do Programa Nacional de Desestatização e do Conselho Fiscal da Eletrobrás.