Segunda, 19 Mai 2025

20715520815052025 Eduardo de Aguiar ProcerO Brasil caminha para mais uma supersafra de grãos. A estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para a temporada 2024/2025 ultrapassa as 320 milhões de toneladas. Um marco importante, que consolida o protagonismo do agronegócio brasileiro no cenário mundial. No entanto, essa conquista contrasta com um problema estrutural: o déficit de armazenagem, que já ultrapassa 120 milhões de toneladas, também segundo dados da Conab.

Essa defasagem tem reflexos diretos na eficiência da cadeia produtiva. Grãos como milho e soja, quando estocados de forma inadequada, especialmente ao ar livre, podem registrar perdas superiores a 4%, conforme apontam estudos de diversas universidades. Em um país que produz em escala tão expressiva, esse percentual representa milhões em desperdício e toneladas de alimentos descartados.

Frente a esse cenário, torna-se urgente discutir a importância da modernização dos equipamentos e processos no pós-colheita. Ao longo dos últimos anos, observamos um avanço significativo nesse sentido. Ferramentas tecnológicas cada vez mais sofisticadas têm transformado o modo como os produtores monitoram e controlam silos, armazéns e galpões.

Soluções em hardware e software permitem acompanhar, em tempo real, parâmetros essenciais à conservação dos grãos, como temperatura e umidade. Sistemas automatizados controlam a aeração e a secagem de maneira precisa, o que além de preservar a qualidade dos produtos, reduz o consumo de energia elétrica e os custos operacionais.

Na Procer, acompanhamos de perto essa transformação. Em 14 anos de atuação, atendemos hoje cerca de 20% da capacidade estática de armazenagem no país. Os resultados alcançados com a implementação de tecnologias no pós-colheita são expressivos. Um silo que adota soluções de monitoramento e controle inteligentes pode reduzir o índice de perdas para aproximadamente 1,4%. A diferença, quando aplicada à escala do agronegócio brasileiro, é substancial – tanto em termos de produtividade quanto de economia.

Investir na modernização do pós-colheita é, portanto, mais do que uma escolha estratégica: é uma necessidade para sustentar o crescimento da produção, reduzir perdas e tornar o agro brasileiro ainda mais eficiente e competitivo.

Por Eduardo de Aguiar, diretor comercial da Procer

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