Quarta, 24 Abril 2024

Murilo 01072015 boneco* Presidente do Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo (Seesp)

Ampla e justificadamente lamentada e divulgada, a triste marca das 100 mil mortes por Covid-19 foi alcançada no Brasil no sábado (8/8). Embora esse número seja assustador, é preciso que tenhamos em mente que ele pode ainda piorar muito se não levarmos a sério, como sociedade, a necessidade de medidas preventivas ao contágio do novo coronavírus até que haja efetivamente uma vacina ou um medicamento antiviral que sejam considerados seguros e eficazes.

Embora haja diversas pesquisas em andamento, a perspectiva mais otimista em relação à possibilidade de imunização dos brasileiros parece estar na vacina desenvolvida em parceria com a Universidade de Oxford. Conforme informado por membros da Fiocruz e do Ministério da Saúde em audiência realizada no dia 5 de agosto na Câmara dos Deputados, o primeiro lote de 15 milhões de doses, produzidas pela empresa britânica AstraZeneca, tem previsão de chegada ao Brasil em dezembro e deve começar a ser distribuído em janeiro.

No entanto, antes disso, será preciso concluir com sucesso os estudos, que estão em sua terceira fase de testes, que é a última, mas também a mais complexa. Depois, será necessário obter o registro da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para que o produto possa ser aplicado na população. Então, vem o desafio de obter as doses necessárias e distribuí-las pelo País, tarefa que será, felizmente, favorecida pela capilaridade do Sistema Único de Saúde (SUS).

No campo dos medicamentos, não há qualquer indicação de que surja uma droga no curto prazo que combata o coronavírus. Os avanços significativos que vêm sendo obtidos, conforme explicam os médicos, residem no aprendizado crescente sobre o melhor uso de substâncias e técnicas já existentes para tratar os sintomas mais graves da Covid-19 enquanto o sistema imunológico do paciente passa pelo ciclo da contaminação.

O desafio, como ensina o professor Esper Kallás, titular do Departamento de Moléstias Infecciosas e Parasitárias da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), para evitar os óbitos, é descobrir o que fazer para controlar a inflamação e reverter a formação de coágulos, problemas graves ocasionados pelo coronavírus. Convém, nesse sentido, oferecer as melhores condições possíveis de trabalho aos profissionais da saúde e permitir que se concentrem em atuar no que pode trazer resultados.

Ao restante da sociedade cabe manter a disciplina e, de forma responsável, seguir as recomendações de higiene e distanciamento social. A retomada de atividades econômicas precisa necessariamente obedecer aos protocolos sanitários indicados pelos órgãos de saúde; o convívio social e a rotina de cada um terão que se enquadrar no que é possível e seguro neste momento.

Façamos a nossa parte e exijamos que o poder público atue para salvar todas vidas que pudermos. Porque, sim, todas elas importam.

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