José Luiz Tejon Megido, mestre em Educação Arte e História da Cultura pelo Mackenzie, doutor em Educação pela UDE/Uruguai e membro do Conselho Científico Agro Sustentável (CCAS)
O milho e a soja estão presentes em quase tudo o que nós comemos e também nas rações dos animais. São chamados de argamassas alimentares, de tão importante que são para o mundo.
E como está a nossa safra 2018 e que será colhida em 2019 desses dois gigantescos e volumosos itens da alimentação mundial? No Brasil, a previsão é de uma safra de soja de mais de 120 milhões de toneladas. Isso quer dizer um recorde brasileiro nessa leguminosa.
Houve crescimento de área para soja no país, quase 36 milhões de hectares. Uma produtividade de 3,45 toneladas por hectare, menor que o ano passado em termos de rendimento.
Dessa forma, enfrentando agora no início de 2019 com chuvas, virão doenças e dificuldades nos tratos culturais. Se os fatores climáticos não forem tão agressivos, caminharemos para uma safra recorde de soja.
O milho no Brasil agora se divide em 1° safra, plantado em setembro e outubro, e o milho da 2° safra, plantado depois da soja. No total da lavoura de milho as previsões no país apontam para mais de 92 milhões de toneladas e isso, se for confirmado após a 2° safra (saberemos em abril), representará um crescimento do milho de mais de 14%.
Com exportações aquecidas de soja e milho, com as confusões das guerras comerciais entre Estados Unidos e China, e se não cometermos nenhuma asneira nas relações e negócios internacionais, em março ou abril, deveremos ter um 1° semestre positivo para o agronegócio, e consequentemente para todo o país.
Com essa boa oferta e com boas exportações, os estoques não serão altos, mas significa também coisa boa para os clientes internos da soja e do milho, afinal, no frango, no porco, ovos, leite, e em quase tudo o que comemos, ali está invisível a soja e o milho.