artigo escrito por Marcos Farneze, presidente do Sindicato dos Despachantes Aduaneiros de São Paulo (Sindasp)
Neste momento não há vencedor e nem perdedor, há união pelo Brasil. O primeiro discurso do Presidente eleito Jair Bolsonaro trouxe uma frase que me chamou a atenção. Entre algumas partes importantes do trecho aqui transcritas, que possuíam interface com o comércio exterior, a exemplo de “o Governo reduzirá a sua estrutura e a burocracia...para que as pessoas possam dar muitos passos à frente.... Vamos desburocratizar, simplificar e permitir que o cidadão, o empreendedor tenha mais liberdade para criar e construir o seu futuro e ...Buscaremos relações bilaterais com países que possam agregar valor econômico e tecnológico aos produtos brasileiros”, uma me chamou ainda mais a atenção: “Vamos desamarrar o Brasil”.
Bolsonaro falou exatamente o que a categoria dos Despachantes Aduaneiros tem buscado ao longo dos anos: ações para desamarrar o Brasil e eliminar sua burocracia. Ninguém melhor do que o Despachante Aduaneiro - responsável por cerca de 97% do desembaraço das importações e exportações brasileiras – para entender o quanto representa desamarrar o País.
Desamarrar suas filas e tempos de desembaraço nas importações ou desamarrar os entraves para exportação. Desamarrar as greves de servidores públicos que impactam nas operações de comércio exterior. Desamarrar a ineficiência dos terminais de carga aérea. Desamarrar os problemas de falta de infraestrutura. Desamarrar os gargalos logísticos. Desamarrar as barreiras do transporte rodoviário de carga. Desamarrar a dificuldade de acesso aos portos ou, ainda, desamarrar sistemas irracionais de alguns intervenientes que afetam a operacionalidade do desembaraço de carga.
A área econômica do novo Governo já acenou que quer evoluir com o comércio mundial e que o Mercosul não será prioridade. Precisamos monitorar esses próximos passos. O momento é de esperança. Do lado de cá estamos prontos. Vamos juntos desamarrar o Brasil.