Domingo, 19 Mai 2024

O crescimento do setor de construção civil está impulsionando as vendas e os investimentos no segmento de aços longos, atualmente dominado pela gaúcha Gerdau e pela Belgo Mineira, do grupo Arcelor. Duas novas usinas financiadas por novos investidores e que deverão sair do papel até o final do ano que vem, e um novo investimento da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) prometem acirrar a disputa pelo mercado interno e também pelo de exportação, principalmente para a América Latina, que também experimenta um forte crescimento no setor. Mas os executivos se mostram otimistas com o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que deverá acelerar o setor de construção civil no País e, conseqüentemente, a demanda por aços longos.
A CSN planeja investir US$ 113 milhões para produzir 500 mil toneladas de aço longo em Volta Redonda (RJ). O volume é bem inferior ao produzido pela Gerdau e a Belgo, mas fortalece a posição da companhia no segmento, onde já possui investimentos para a produção de cimentos. Mas a siderúrgica já afirmou que não pretende ser um player no produto.

Em Nova Glória (GO), já está em fase de implementação a Companhia Siderúrgica do Planalto (CSP), uma união entre o grupo siderúrgico espanhol Añon — responsável por 30% da produção de aço da Espanha —, a Companhia Hidroelétrica do Vale do São Patrício (Chesp), a Ferro-Oeste, a Toctao Engenharia e o Grupo Valadares. A usina terá capacidade para produzir anualmente cerca de 800 mil toneladas de vergalhões e fios de aço destinados ao mercado doméstico. Os investimentos previstos para a implantação da siderúrgica são da ordem de R$ 150 milhões. A previsão é de iniciar as operações até o final de 2008.

No Pará, há o projeto da Siderúrgica do Marabá (Simara), para produzir 300 mil toneladas anuais de laminados longos. Atualmente a Simara produz 17 mil toneladas por mês de gusa, e investirá cerca de US$ 60 milhões para se transformar em uma usina integrada até o final do primeiro semestre deste ano.

A produção de aços longos cresceu cerca de 7,4% no ano passado, alcançando 9 milhões de toneladas, ante os 8,4 milhões de toneladas produzidas em 2005, segundo dados do Instituto Brasileiro de Siderurgia (IBS). Foi recorde histórico de produção do produto. O resultado se deve ao melhor desempenho da construção habitacional, estimulada pelas medidas governamentais de crédito. As vendas internas de longos cresceram cerca de 12,1%, atingindo 6,5 milhões de toneladas, ante as 5,8 milhões de toneladas de 2005.

Perspectivas
Em entrevista ao DCI, logo após o anúncio do PAC, o vice-presidente executivo do IBS, Marco Polo de Mello Lopes, afirmou que o consumo de aço poderá crescer além dos 6,5% previstos originalmente para 2007, se as medidas anunciadas forem concretizadas. “Estamos otimistas quanto ao PAC”, afirmou Lopes, na ocasião. Na projeção original da entidade, o crescimento dos aços longos seria de 3,4%, indo de 7,4 milhões de toneladas para 7,6 milhões de toneladas. Os números ainda estão sujeitos a revisão. O PAC prevê redução da alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) dos perfis de aço, além de uma série de medidas direcionadas à construção civil, que, indiretamente, devem elevar o consumo dos produtos siderúrgicos.

Para Osvaldo Schirmer, diretor de Relações com Investidores da siderúrgica gaúcha, as perspectivas de produção de aços longos são favoráveis. “O setor de construção civil é um dos que mais irão crescer no Brasil e a Gerdau está bem posicionada para atender a esta demanda”, diz. Em 2006, as unidades da siderúrgica comercializaram no mercado interno 12,6% de aço a mais que no ano anterior, alcançando a marca de 4 milhões de toneladas. Para atender à demanda interna, as exportações a partir do Brasil foram reduzidas para 2,9 milhões de toneladas.
“No PAC estão previstos US$ 27,5 bilhões de investimento no setor de construção civil somente este ano, e mais US$ 78,8 bilhões para o período de 2008 a 2010”, lembra André Gerdau Johannpeter, presidente da empresa. Schirmer destaca também o setor de construção residencial, lembrando que construtoras estão abrindo capital para aproveitar o aumento da demanda por imóveis, impulsionado pelas facilidades do financiamento com a queda das taxas de juros. A Gerdau espera um crescimento de 6% a 8% na demanda do mercado interno.

Fonte: DCI - 08 FEV 07

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