Domingo, 19 Mai 2024

A Bunge considera que as ações da Mosaic, braço da Cargill para fertilizantes, e da Yara para contestar sua proposta de incorporação da Fertibras são “desconexas” e têm a finalidade de atrapalhar a operação.

Na avaliação do diretor corporativo da Bunge, Adalgiso Telles, Mosaic e Yara têm interesses claros para tomar essas atitudes contra a incorporação. Essas atitudes incluem processo na Justiça e ações no Cade e na CVM (Comissão de Valores Mobiliários). “Há um conflito de interesses, porque Mosaic e Yara importam grandes quantidades de componentes de fertilizantes de suas matrizes para utilizá-los no Brasil”, afirma Telles.
Na avaliação da Bunge, a junção com a Fertibras criaria uma empresa brasileira forte e competitiva no setor, o que reduziria a necessidade de importações e portanto atrapalharia os negócios da Yara e da Mosaic. As duas companhias, no entanto, negam essa intenção, reafirmando que constataram irregularidades e por isso recorreram à Justiça, ao Cade e à CVM.

Para a Bunge, no entanto, todos os demais acionistas concordam com a proposta de junção com a Fertibras e Yara e Mosaic só contestam a operação por enxergar nela prejuízos às suas importações.

“Somos uma empresa que tem a grande maioria de seus ativos e investimentos no Brasil”, afirma Telles. “Por isso, temos interesse em formar uma empresa mais forte para o setor, contrariando os interesses de quem importa ingredientes de fertilizantes.”
Telles afirma que, pelos números das associações do setor, o segmento teve consumo de 20 milhões de toneladas no ano passado, das quais 12 milhões foram importadas, com predomínio de nitrogênio, fósforo e potássio.

“A Mosaic foi responsável por 23% das importações de potássio e 18% das compras de fósforo no exterior. Por seu lado, a Yara importou 18% do nitrogênio consumido e 100% da amônia”, afirma Adalgiso Telles. Com esses números, garante, fica mais fácil entender porque as duas empresas estão contestando a operação proposta pela Bunge.

Confirmando a avaliação
A última dessas contestações partiu da Mosaic, que anunciou segunda-feira que entrou com ação na CVM contestando a avaliação feita pelo banco Credit Suisse dos ativos da Fertibras e da Bunge. Segundo Telles, no entanto, essa avaliação “reflete exatamente a realidade” e está disponível desde dezembro do ano passado: “É interessante notar que só agora, em fevereiro, a Mosaic entrou com petição contestando esses dados disponíveis há dois meses”.

Na avaliação de Telles, essa ação “é mais uma demonstração de que a estratégia é protelar, para evitar perdas com importações que trazem ganhos para as duas companhias”.

Fonte: DCI - 07 FEV 07

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