Domingo, 19 Mai 2024

A Mosaic, empresa de fertilizante da americana Cargill, entrou ontem com uma petição na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) em que contesta os relatórios da Fosfertil e da Bunge Fertilizantes feitos pelo banco Credit Suisse, responsável pelos laudos de avaliação financeira das empresas. “Estamos contestando as avaliações principalmente da Fosfertil, que foi subvalorizada no relatório apresentado”, afirma o presidente da Mosaic, Tobias Grasso.

Ele acredita que o valor da Fosfertil é o dobro do apresentado no relatório, que avaliou a empresa em US$ 1,4 bilhão.

A petição também contesta o valor atribuído à Bunge Fertilizantes, que passou de US$ 626 milhões em 2004, segundo cálculo do Crédit Suisse, para US$ 1,2 bilhão.

O objetivo da Mosaic é evitar a reorganização acionária da Fosfertil que havia sido apresentada pela Bunge a 16 de dezembro, e que atualmente está suspensa pelo Tribunal de Justiça de São Paulo. Segundo a Mosaic, a reorganização societária proposta pela Bunge fere os direitos dos acionistas da Fosfertil e da holding Fertifós.

Grasso considera as avaliações que determinam a nova estrutura acionária e o valor das empresas “inconsistente” e contesta especialmente a avaliação em relação ao valor da Fosfertil, que foi reavaliada pelo banco de investimento JP Morgan em US$ 1,7 bilhão, valor US$ 232 milhões maior que o da avaliação do Crédit Suisse.

Para Grasso, as relações de troca são diferentes e a capacidade de gerar caixa e de crescimento da empresa não foram contemplados. Enquanto para a Bunge assumiu-se um crescimento de 49%, para a Fosfertil não apontaram crescimento algum. “Por que uma cresceria e a outra não, se estão dentro de um mesmo segmento?”, indaga.

O advogado Valdo de Rizzo, um dos autores da petição, considera o documento apresentado anteriormente não um relatório de avaliação, mas apenas um laudo que exime o avaliador de uma série de responsabilidades na avaliação. “A CVM determina que demonstrações financeiras sejam disponibilizadas, o que não ocorreu. A Bunge não disponibilizou informações sobre riscos de investimento e detalhes sobre a situação de fertilizantes no Brasil foram omitidos dos acionistas brasileiros”, afirma.

A Yara Fertilizantes, que está ao lado da Mosaic nesse caso, pediu ao Cade que julgue a transação proposta pela Bunge, por considerar que o negócio prejudica a concorrência. E a Mosaic já tinha entrado com ação na Justiça contra a transação, que pode ser julgada amanhã.

Fonte: DCI - 06 FEV 07

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