Domingo, 19 Mai 2024

Com o objetivo de expandir o parque eólico do Brasil, a Centrais Elétricas do Norte do Brasil Eletronorte, controlada pela Eletrobrás, abriu no mês passado uma chamada pública para formar parcerias com empreendedores que já possuem ou que queiram construir projetos de energia eólica em território brasileiro. Investidores estrangeiros, especialme te os alemães, como a Wobben, e os espanhóis, como a Enerfin, já têm projetos no País e devem participar dos empreendimentos.

Wilson Fernandes, coordenador de Viabilização de Negócios da Eletronorte, afirma que não há limites para investimentos ou para a quantidade de megawatts(MW) gerados por esse tipo de energia no Brasil, mas não revela quais as empresas que já demonstraram interesse nos projetos. O foco da companhia serão as Regiões Norte e Nordeste, principalmente nos Estados do Amapá, Pará, Maranhão e Roraima, que têm maior potencial de vento, segundo Fernandes.

A Enerfin, controlada pela empresa espanhola de energia Elecnor, pretende investir por volta de R$ 210 milhões na ampliação da planta de Palmares, controlada por ela, no Rio Grande do Sul. Inicialmente a planta geraria 50 MW de energia de geração eólica, porém, devido a ajustes da lei do Programa de Incentivo a Fontes Alternativas (Proinfa), o empreendimento gerará apenas 7,5 megawatts na fase inicial. Segundo Marco Antonio Morales, diretor da Enerfin do Brasil, a empresa pretende ampliar o potencial de Palmares, além de investir em outros projetos em 2007 e 2008, com geração total de cerca de 100 MW. A Enerfin do Brasil construiu o Parque Eólico dos Índios, em parceria com a recém-fundada, especialmente para isso, Ventos do Sul. O parque, localizado no Município de Osório, no Rio Grande do Sul, tem capacidade instalada de 150 MW e entrou em operação comercial em dezembro do ano passado. “Já foi dado o primeiro passo na evolução da energia eólica no Brasil, e foi um grande passo, de 150 MW, o maior parque eólico do País”, afirma Morales.

Segundo ele, o parque trará um faturamento anual de R$ 90 milhões de reais para a empresa, uma pequena quantia perante os 800 milhões de euros de faturamento do grupo Elecnor. No entanto, Morales diz que a empresa já estuda investir em projetos eólicos no México e no Canadá.

Segundo relatório de janeiro da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), há 48 projetos de construção de parques eólicos com incentivos do Proinfa em andamento, o que significa 1.144,66 MW de energia. A entrada comercial deles está prevista para até dezembro deste ano. Os projetos de investimento privado totalizam 57, com geração de 3.410,88 MW, porém sem previsão de entrada em operação, por problemas ambientais e judiciais.

O parque de Osório permite uma maior diversificação na matriz energética brasileira, afirma Telmo Magadan, presidente da Ventos do Sul. Ele diz que esta ainda é uma etapa inicial e que deve acontecer uma segunda fase do Proinfa, com maior regulamentação, o que permitirá que em dez anos, cerca de 20% da matriz energética seja gerada por fontes alternativas. Hoje este número é quase irrelevante, com apenas 256 MW instalados. Magadan diz ainda que, além de os 150 MW gerados abastecerem cerca de 650 mil consumidores residenciais, a satisfação em participar de um projeto como esse é o pequeno impacto ambiental. “Temos orgulho de dizer que geramos energia limpa”, diz ele.

Wobben
De acordo com Eduardo Lopes, gerente de vendas da fabricante alemã de aerogeradores Wobben, a tendência é que o interesse pela energia eólica cresça a cada dia, em função da preocupação com o meio ambiente e do aumento da demanda de energia. A Wobben é a única fornecedora de aerogeradores no Brasil, com fábricas em São Paulo e no Ceará, e ainda exporta cerca de 90% da sua produção. Segundo o diretor de Meio Ambiente da Câmara de Comércio Brasil-Alemanha, Ricardo Rose, empresas alemãs pretendem investir no Brasil, mas é preciso que a tecnologia amadureça mais um pouco. “O Brasil tem um grande potencial, mas ainda é tudo muito novo”, diz ele.

O Brasil tem um potencial bruto de 143 gigawatts (GW) de energia, mas em 20 ou 30 anos, é provável que apenas 25 GW sejam usados, afirma Hamilton Moss, coordenador do Centro de Referência a Energia Solar e Eólica e Centro de Pesquisas em Energia Elétrica, ligados à Eletrobrás.

Fonte: DCI - 06 FEV 07

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