As duas maiores bolsas de valores do mundo, a de Nova York e a de Tóquio, firmaram ontem uma aliança estratégica para “explorar novas oportunidades” de colaboração, o que inclui a possibilidade de um intercâmbio financeiro. Esta é a primeira e mais ambiciosa aliança firmada pela bolsa japonesa. A NYSE, por sua vez, realizou nos últimos meses várias operações para ampliar suas áreas de influência.
O acordo é entre bolsas que negociam papéis com valor de mercado conjunto de US$ 20 trilhões. A Bolsa de Tóquio lista companhias avaliadas eem US$ 4,6 trilhões, incluindo Toyota Motor Corp. e Mitsubishi UFJ Financial Group, segundo a Fedração Mundial de Bolsas. E a Bolsa de Nova York, na qual se negociam ações de corporações como Exxon Mobil e General Electric, reúne papéis de companhias com valor de mercado avaliadao em US$ 15,4 trilhões.
No ano 2000, as duas bolsas ajudaram a criar um índice de ações cobrindo companhias globais. Além disso, com outros seis mercados, abriram negociações para formar um mercado de ações que poderia ficar aberto 24 horas por dia. O acordo foi assinado ontem pelo executivo-chefe da New York Stock Exchanche (Nyse), John A. Thain, e pelo presidente e executivo-chefe da Tokyo Stock Exchange (TSE), Taizo Nishimuro, que também tocou o sino que marca o início do pregão nova-iorquino.
A aliança, “que não é exclusiva”, segundo afirmaram os dois executivos, permitirá que dois mercados explorem novas oportunidades em matéria tecnológica, em sistemas de contratação, em temas regulatórios e em novos produtos e serviços para os investidores e para as empresas.
O acordo de intenções estabelece, de fato, uma aliança estratégica dos dois mercados para explorar conjuntamente novas oportunidades em várias áreas, especialmente nas plataformas de negociação.
Os analistas interpretam esta aproximação como mais um passo na direção da criação de um mercado transoceânico que permaneça 24 horas aberto. O último passo, segundo informaram, seria a realização de uma “aliança financeira” entre os dois mercados, o que pode envolver uma troca de ações.
“Comemoramos essa oportunidade de trabalhar mais estreitamente em áreas de interesse mútuo com Nishimuro e com seus colegas da Tokyo Stock Exchange, o segundo maior mercado do mundo”, disse Thain.
Fonte: DCI - 1º FEV 07
