Quarta, 08 Mai 2024

Uma das três únicas fabricantes de semicondutores do País, a Semikron encontrou na exportação de produtos quase customizados a saída para crescer diante do aumento da importação do componentes e já inicia primeiros embarques para China e Japão. No ano passado, a subsidiária brasileira do Grupo Semikron, de capital alemão, vendeu 50% mais semicondutores para os Estados Unidos graças a essa estratégia. A flexibilidade da linha de produção que torna isso possível só é viável por conta do tipo de mão-de-obra brasileira que tem sido destaque em outras unidades do grupo.

A empresa, instalada em Carapicuíba (SP), já teve 840 funcionários no final da década de 70, quando atendia a indústria de telecomunicações - ainda não restrita a Manaus - e conta agora com 420 colaboradores. Para manter-se mesmo com o mercado doméstico adverso, a Semikron garante 60% do faturamento de R$ 70 milhões com exportação de semicondutores de maior valor agregado e dentro das possibilidades, customizados.

Agora, o objetivo da companhia é ir no contra-fluxo e vender semicondutor de altíssima potência para a China. “Há alguns nichos específicos nos quais não há fornecedor na China. São componentes diferenciados, de maior valor agregado e menor volume que os concorrentes chineses não atendem e não parecem interessados”, explica Claus Ebert, presidente da Semikron há cerca de 35 anos quando migrou da Alemanha para o Brasil recém formado em engenharia.

O segredo para atender um segmento muito específico de semicondutores foi encontrada no tipo de mão-de-obra brasileira, segundo Ebert. “Descobri com meus anos de experiência no Brasil que o funcionário brasileiro tem um tipo de independência que possibilita a flexibilização da produção”, afirma o presidente.
A Semikron é a empresa de semicondutores mais verticalizada do País, com tecnologia para fazer todos os processos necessários para a confecção de um semicondutor, tem uma experiência de horizontalidade na gestão que surpreende executivos da companhia de outras partes do mundo. “O alemão vem aqui e não entende como pode ter tão pouco chefe”, brinca Ebert que conclui: “oferecendo qualificação e treinamento para o brasileiro, temos uma mão-de-obra única”.

Agora, a companhia capacita 30 funcionários para a linha de produção de um semicondutor de altíssima potência, tiristor, para um clientes chineses.

A Semikron tem mais dúvidas do que certezas em relação às medidas destinadas ao setor do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC). Como contrapartida à isenção do Imposto sobre Produto Industrializado (IPI) e da contribuição ao Programa de Inclusão Social (Pis) e à Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), o governo exige uma série de investimentos em pesquisa e a realização de projetos em parceria com universidades. “Ainda não conseguimos avaliar se será vantajoso e como se inscrever no programa”, diz Ebert. Mas o executivo afirma que no caso de um aquecimento real da economia, certamente a empresa será beneficiada de uma forma ou de outra e citou os negócios que já tem, por exemplo, no setor de energia.

“Fornecemos semicondutores para algumas usinas hidrelétricas, cresceremos se os grandes projetos na área de energia saírem do papel”, afirma o presidente da Semikron.

As medidas do Plano também devem melhorar a visão do Brasil nos olhos da matriz do grupo. Ebert acha possível que depois do início da aplicação do plano, o grupo decida investir mais na subsidiária, além de que a desoneração reduzirá o valor necessário de capital de giro abrindo espaço para aportes da própria unidade. Atualmente a Semikron do Brasil consome 12 mil waser de 5 polegadas por mês de silício.

Fonte: DCI - 24 JAN 07

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