O resultado da balança comercial de 2006 por estado, divulgado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), mostrou que esse foi o ano das commodities mexerem no mapa dos ganhos. Minas Gerais, São Paulo e Pará tiveram as melhores balanças comerciais do país, respectivamente. O maior destaque foi o Rio de Janeiro que aumentou sua saldo comercial de US$ 1,49 bilhões para US$ 4,19 bilhões, saltando da décima para a quarta melhor balança. Ranking Apesar de ser o maior estado exportador brasileiro, São Paulo manteve-se na segunda colocação no saldo comercial. Entre seus principais produtos, destacam-se o açucar de cana, aviões e veículos, além de telefones celulares — que tiveram um aumento de vendas em 77%, alcançando US$ 1,73 bilhões em exportação. A terceira melhor balança comercial do país foi do Pará, outro forte produtor de minérios. O Rio de Janeiro expandiu as vendas internacionais em 2006 e conquistou a quarta melhor balança comercial. As exportações atingiram US$ 11,46 bilhões, valor 40% superior ao ano de 2005. Também apresentou um superávit recorde de US$ 4,19 bilhões. O bom desenvolvimento deve-se, em grande parte, ao desempenho da indústria petroquímica, responsável por uma participação de 65,7 % nas vendas fluminses. Segundo o gerente de Pesquisas Econômicas da Câmara de Comércio e Indústria do Estado do Rio de Janeiro (Caerj), Mario Augusto Scangarelli, as exportações do estado vem aumentando desde 2000, sendo que a partir de 2004 passou a manter o superávit. “A valorização das commodities, sobretudo do petróleo, impulsionou a exportação e levou a um resultado expressivo, mas ainda temos poucas indústrias com alto valor agregado”, destaca o gerente, que aposta no crescimento da indústria naval. O surto de gripe aviária prejudicou a exportação de alguns estados produtores de frango, como Santa Catarina e Paraná. O ano também foi de queda para os produtores de manufaturados, como a Amazônia. Já no setor de agronegócios, a soja apresentou leve queda de preço no início do ano passado. “Mesmo sem quedas expressivas, os agricultores compraram os insumos necessários para a produção com uma taxa de câmbio alta, que caiu na hora de vender o produto”, destacou Castro. Para a AEB, a previsão de crescimento nas exportações em 2007 é de 0,5%. “Estaremos pautados pelas commodities novamente. Só com o minério de ferro a previsão é de exportar US$10,3 bilhões. Já os manufaturados devem cair, assim como os derivados de petróleo, o álcool e açúcar”, prevê o vice-presidente da AEB. Michel Alaby, presidente da Associação de Empresas Brasileiras para Integração de Mercados (Adebim), faz avaliação semelhante. Para ele, a exportação de produtos agroindustriais deve crescer de 12% a 15%, enquanto os manufaturados sofrerão com a competição externa. “O mercado mundial precisará de matéria prima”, avalia o especialista em comércio exterior. Fonte: DCI - 19 JAN 07 | |
Commodities mudam o mapa da exportação por estados
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