O presidente disse, ao tomar posse para o segundo mandato, que seu governo cuidará primeiro dos mais necessitados
O governador José Serra, de São Paulo, criticou a política econômica federal e disse que o País vive uma crise moral
Em Minas, o governador reeleito Aécio Neves advertiu que não há crescimento sem desconcentração de recursos
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva resumiu em três verbos - acelerar, crescer e incluir - os rumos de seu governo nos próximos quatro anos. “Vamos destravar o Brasil para crescer e incluir de forma mais acelerada”, prometeu o presidente em seu discurso de posse, no Congresso, ao inaugurar o segundo mandato. “Os efeitos das mudanças têm que ser sentidos rápida e amplamente”, advertiu Lula, após lembrar que, há quatro anos, a palavra de ordem era o verbo mudar.
Para conseguir destravar a economia, como vem prometendo, ele aposta num ministério de perfil não só político, mas também técnico. A escalação definitiva da equipe só sai depois que a Câmara e o Senado decidirem se Aldo Rebelo e Renan Calheiros, respectivamente, continuam no comando das duas Casas.
A Esplanada dos Ministérios recebeu menos gente do em 2003, quando Lula assumiu pela primeira vez. Havia, segundo o PT, no máximo 10 mil pessoas, ante o público de 120 mil estimado pelo próprio partido na festa anterior.
Em São Paulo, o governador José Serra fez duras críticas à política econômica federal e lançou as bases de sua oposição a Lula. “O que falta (ao País) são oportunidades lucrativas de investimento, espantadas pela pior combinação de juros e câmbio do mundo, em meio a uma carga tributária sufocante”, afirmou Serra, na cerimônia de transmissão de cargo.
No Rio, o governador Sérgio Cabral Filho dedicou à segurança o tom mais forte de seu discurso de posse. “Esses facínoras terão a resposta”.
Fonte: O Estado de S.Paulo - 02 JAN 07