"A aviação não é mais coisa de gente rica". Dessa maneira, o ministro-chefe da Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República (SAC-PR), Eliseu Padilha, definiu a ampliação do acesso ao transporte aéreo a parcelas de mais baixa renda da população brasileira, durante a divulgação da pesquisa O Brasil que Voa – Perfil dos Passageiros, Aeroportos e Rotas do Brasil, nesta quinta-feira (22).
Confeccionado em parceria com a Empresa de Planejamento e Logística (EPL), o levantamento revelou que a democratização da aviação civil é hoje realidade consumada no Brasil. Em discurso, o ministro-chefe da SAC argumentou que a sondagem, considerada a mais completa já realizada no País, comprova que foram implementadas políticas acertadas para o progresso do setor.
"Os resultados firmaram entre nós a convicção de que, até aqui, fizemos o trabalho certo para desenvolver a aviação no País. Tais dados nos mostraram que estamos na direção certa", salientou Padilha. "Nós acertamos, porque democratizamos a passagem aérea, o uso da aviação civil como meio de transporte", acrescentou o titular da pasta.
Entre 2004 e 2014, o número de passageiros aumentou 170%. Por sua vez, o valor das passagens diminuiu 48%. De acordo com Padilha, nos últimos cinco anos, foram investidos R$ 15,6 bilhões para que, em 2014, o País registrasse a marca de 199 milhões de embarques e desembarques. A população brasileira, ao todo, é composta por 204 milhões de habitantes.
"Hoje, quando nós entramos em um avião, nós damos uma olhada e vemos que ali está o povo brasileiro, nos seus mais variados seguimentos: vemos do operário que está sendo mobilizado pela empresa para trabalhar em um outro local ao diretor da empresa, passando pela moça do turismo, toda arrumada e descontraída, com roupas leves para o lazer", descreveu Padilha.
Resultados da Pesquisa de Satisfação do Passageiro referentes ao segundo trimestre de 2015 revelam que 83% dos entrevistados consideram "boa" ou "muito boa" a gestão do setor aéreo pelo Estado brasileiro.
A SAC estima que o número de embarques e desembarques deve triplicar até 2034, chegando a 600 milhões por ano.
Aviação regional e cidadã
Padilha fez questão de frisar o compromisso da presidenta Dilma Rousseff com o desenvolvimento da aviação regional na Amazônia Legal. O levantamento O Brasil que Voa – Perfil dos Passageiros, Aeroportos e Rotas do Brasil revelou que questões de saúde constituem a principal motivação para que moradores da região Norte utilizem transporte aéreo.
"Precisamos do nosso Programa de Aviação Regional, que tem como meta habilitar, conforme padrões internacionais, 270 aeroportos em todo o território nacional", disse. "Saúde é uma questão de cidadania. Lá (na região Norte), é oito dias de barco ou uma hora no avião. Por óbvio, oito dias de barco é pensar no fim da existência".
Fonte: Portal Brasil, com informações da Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República e daEmpresa de Planejamento e Logística