Leônidas Cristino, ministro da SEP (Secretaria de Portos), anunciou, na última quinta-feira o programa que prevê o investimento de R$ 54 bilhões no setor portuário brasileiro até 2017. Destes, R$ 31 bilhões deverão ser investidos até 2015, e R$ 23,2 bilhões, até 2017. Com isso, o governo propõe um novo marco regulatório que visa permitir a regulação do serviço de praticagem, eliminação de barreiras à entrada de novas empresas no setor, a abertura de novas chamadas públicas para construção de TUPs (portos privativos), além da aceleração de processos de arrendamento de áreas para prestação de serviços e licenciamento ambiental.
A repercussão da notícia foi positiva para o setor. De acordo com Peter Gyde, CEO da Maersk Line do Brasil, o País está se esforçando para dar ao setor condições mais favoráveis: “O Brasil está indo na direção certa com um pacote significantemente maior do que o esperado, e estamos ansiosos para saber os detalhes de como o plano do governo vai reduzir os custos logísticos em 30%, aumentar a competividade do país e resolver os principais desafios da indústria, como acesso aos portos, dragagem e burocracia, e por fim criando uma cadeia logística mais eficiente em termos de custos”, ressaltou.
“Nossa leitura inicial é que o pacote é positivo e está claro que o governo está interessado em expandir o comércio global e costeiro local, criando as condições certas para um futuro economicamente sustentável para o Brasil”, concluiu Gyde.
A Maersk Line detém participação de 15% no mercado de transporte de contêiner da América Latina. A companhia está investindo US$ 2,2 bilhões em 16 novos navios desenvolvidos especialmente para os portos de águas rasas do Brasil. Atualmente, treze estão em operação.
Fonte: Guia Marítimo