Quarta, 15 Janeiro 2025
A Astromarítima Navegação, empresa especializada no apoio marítimo para a indústria de petróleo e gás, tem definido plano de expansão que prevê investimentos de US$ 480 milhões e aposta na diversificação de atividades dentro do setor. Hoje os barcos da empresa transportam produtos como óleo, fluidos e água, além de equipamentos usados no manuseio de âncoras das plataformas. Agora a companhia quer desenvolver outros serviços, incluindo inspeção de instalações submarinas, com o uso de robôs e mergulhadores.

O novo portfólio de serviços inclui outras atividades, caso do lançamento ao mar de equipamentos que integram os sistemas de produção das plataformas, como válvulas e tubulações. Para desenvolver essas soluções, a Astromarítima criou uma empresa, a DeepWater. A nova companhia acertou parceria com a francesa Cybernetix pela qual passou a representá-la comercialmente no Brasil, disse Renato Cabral, presidente da Astromarítima. A empresa francesa atua na área de robôs submarinos usados para fazer serviços específicos, disse Cabral.

O executivo tem a expectativa de que em cinco anos a DeepWater possa faturar valor equivalente ao da Astromarítima, cuja receita situou-se em R$ 200 milhões em 2010. Mas o faturamento da própria Astromarítima, que completa 30 anos este mês, poderá triplicar em dez anos sem considerar o efeito da nova empresa controlada, previu Cabral. A estimativa se apoia em plano de ampliação da frota de embarcações da empresa. No total, poderão ser incorporados 11 novos barcos. Destes, quatro tiveram contratos assinados e estão em fase de construção no Estaleiro Ilha S.A. (EISA), no Rio.

São dois navios conhecidos no setor como PSVs, de três mil toneladas de porte bruto cada um, e dois barcos do tipo OSRV, iniciais que designam embarcações especializadas no combate ao derramamento de óleo e a incêndios. O primeiro navio começou a ser construído no EISA em 2010 e a previsão é de que a última embarcação seja entregue em setembro de 2013, disse Cabral.

Além desses navios, a Astromarítima obteve prioridades do conselho diretor do Fundo da Marinha Mercante (FMM) para construir outros sete PSVs, estes de porte maior (4,5 mil toneladas de porte bruto). O investimento previsto é de US$ 480 milhões, considerando os quatro barcos em construção no EISA mais as sete unidades cujos projetos foram aprovados pelo fundo. O FMM deverá financiar cerca de 80% do investimento. Os 20% restantes correspondem a aportes da própria empresa.

Cabral disse que a Astromarítima ficou bem classificada na terceira rodada de licitações da Petrobras para renovação da frota de navios de apoio marítimo da empresa. Se for bem-sucedida nessa licitação, a Astromarítima poderá ter garantidos contratos de operação de longo prazo para grande parte dos navios para os quais recebeu prioridade do fundo. "A ideia é posicionar a empresa como player importante no setor, capaz de fornecer conteúdo local aos clientes [as petroleiras], incluindo a construção e a operação dos barcos", disse Cabral.

Hoje a frota da Astromarítima é formada 14 embarcações de apoio marítimo próprias. A empresa tem ainda seis barcos afretados de outros armadores e colocados em contratos de prestação de serviços com empresas de petróleo estrangeiras no país. E, por fim, há 15 embarcações cujo afretador é a Petrobras e com as quais a Astromarítima tem contratos de prestação de serviços, incluindo itens como tripulação, logística e suprimentos, disse Cabral.

Fonte: Valor

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