Segunda, 19 Mai 2025

A Aggreko planeja subsitituir o diesel por gás natural em 30% dos seus geradores nos próximos três anos. Especializada em alugar sistemas para fornecimento de energia elétrica, a empresa tem 350 MW em máquinas de geração no Brasil, dos quais 95% são alimentados a diesel.

A mudança foi provocada pela expectativa de capilarização da rede e do aumento da oferta do energético devido à exploração do pré-sal, informa Diógenes Paoli Neto, diretor da empresa para América do Sul. “Acabamos de colocar no mercado um produto para esse segmento, seguindo tendência global”.

Essa decisão acompanha as perspectivas otimistas em relação à operação brasileira cujo faturamento vem crescendo à média de 15% a 20% anuais, com foco principal na área de petróleo. A Aggreko quintuplicou sua base de Macaé no ano passado, alcançando área de 12.500 m². Também no final de 2010 chegou a Paraupebas (PA) e no porto de Pecém (PE). Nos próximos 12 meses vai se estabelecer em Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Minas Gerais, além de expandir presença no Nordeste. Mantém ainda uma planta de 40 MW em operação em Manaus, onde segue prestando serviços até dezembro deste ano.

Paoli Neto não descarta montar equipamentos no Brasil em futuro próximo, dependendo do volume do mercado e do câmbio. Hoje as máquinas são montadas na Escócia com componentes chineses, indianos e também brasileiros. A potência dos equipamentos disponíveis no mercado nacional, porém, respondem por 5% do total mundial da empresa.

Outro segmento em que a Aggreko vem conseguindo resultados importantes é o de locação de bancos de carga para testes de geradores térmicos. Dos 600 MVA em operação global, cerca de 10% estão no país e movimentados com frequência para comissionamento de máquinas em plataformas petrolíferas. Os testes duram de 3 a 4 meses mas há casos que se estendem muito mais, como o da P-43 que exigiu 1 ano e meio. “As seguradoras passaram a exigir esse tipo de trabalho porque os prejuízos em caso de problemas são enormes”. Um nova janela de oportunidade se abre agora com a ampliação de térmicas nos próximos leilões de geração de A-3 e A-5. Recentemente foram concluídos testes com a usina Campina Grande (PB - 169 MW), da Borborema Energética.

Fornecedora presente na maioria dos grandes eventos esportivos mundiais, a Aggreko também está de olho na Copa 2014 e Olimpíadas 2016. A companhia vem conseguindo realizar grandes contratos nesse setor de atuação desde as Olimpíadas de Atlanta. Participou da copa de futebol na África e acaba de fechar com a organização das Olimpíadas de Londres para os jogos de 2012. “Não temos nenhum pré-acordo ainda mas vamos trabalhar para disputar esse fornecimento”.

Fonte: Energia Hoje

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