Quinta, 16 Janeiro 2025

O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, destinou parte de sua palestra, durante o seminário “Cenários da Economia Brasileira e Mundial em 2011, realizado nesta segunda-feira na Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), para responder os questionamentos feitos pelo economista chefe do Santander, Alexandre Schwartsman, que questionou o resultado para o Tesouro Nacional no processo de capitalização da estatal.

Ele explicou que a Petrobras pagou R$ 74 bilhões pelo direito de produzir 5 bilhões de barris de petróleo cedidos pelo governo. Além disso, frisou que o Tesouro comprou R$ 32 bilhões a menos de ações, gerando uma diferença em caixa na empresa.

- Se isso não é caixa, eu não sei o que é caixa - ressaltou, acrescendo que o Tesouro Nacional também é acionista da empresa.

Neste momento, Gabrielli foi interrompido pelo economista do Santander que questionou-o dizendo que “caixa é o dinheiro que entra em caixa, não é promessa”.

Por sua vez, Gabrielli deu o troco: “não é promessa nenhuma, é fato”. E o economista recrutou: “cadê o dinheiro?”. “Tá no Tesouro”, disse Gabrielli. Schwarstsman respondeu “Ah é?” e acrescentou “Só na cabeça dos contadores do Tesouro”.

Passado o “embate”, Gabrielli fez questão de defender a construção de novas refinarias com a máxima urgência. A estatal, segundo ele, está construindo essas unidades para tentar amenizar a atual situação de oferta de combustíveis. A capacidade de refino nacional está “no limite”, conforme frisou.

Gabrielli frisou que a empresa está com um grande problema.

- Estamos no limite do refino e com um crescimento exponencial na produção de petróleo. Somos a empresa no mundo que mais cresce em produção com base em novas reservas - disse, rebatendo as críticas do mercado financeiro sobre os investimentos de quase US$ 40 bilhões que a companhia tem previsto em seu plano de negócios até 2014 para a área de refino.

A situação mais crítica, segundo ele, diz respeito a gasolina e o querosene de aviação e o gás liqüefeito do petróleo (GLP).

- Não investir em refinaria no curto prazo é suicídio.

O presidente da estatal citou a melhora da renda per capita como sendo um dos motivos que levou a essa situação.

- Toda nossa intervenção nos últimos anos foi para aumentar a capacidade de produção de diesel em nossas refinarias. Agora vemos gargalo na gasolina e outros, mas isso não se muda no curto prazo. A única maneira de mudar isso é construir refinarias, e isso leva seis anos no mínimo.

Ele lembrou que, no ano passado, o crescimento da gasolina no mercado interno foi de 19%, ante um PIB de 7% e 10% do mercado geral de combustíveis. E afirmou que atualmente o preço da gasolina no Brasil está abaixo do praticado no mercado internacional.

- Mas é natural. Não vamos alterar nossa política de preços, não vamos repassar oscilações no curto prazo.



Plataforma de Cherne volta a produzir

Na sexta-feira, a Petrobras informou, em nota, que já foram tomadas todas as providências para o retorno à operação da plataforma Cherne 2 (PCH2), que teve autorizada hoje, dia 17, a retomada da produção. A autorização foi concedida com a expedição de laudo, baseado na vistoria realizada no último dia 14 por fiscais da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego do Rio de Janeiro (SRTE/RJ).

No entender da Superintendência, não existe mais “o risco grave e iminente no ambiente laboral”, possibilitando suspensão parcial da interdição.

A plataforma voltará a operar nas próximas horas, com produção parcial, nos mesmos níveis anteriores à paralisação. Para a retomada da produção será utilizado o sistema auxiliar de transferência de óleo. O sistema principal continua interditado.

A capacidade total da unidade será atingida após a parada para manutenção, programada deste novembro de 2010, a ser iniciada ainda em fevereiro.

O campo de Cherne está localizado na Bacia de Campos e a plataforma fixa de Cherne 2 iniciou operação em 1988 em águas onde a profundidade é de 142 metros. A plataforma está situada a 55 km do litoral.



Reservas provadas de petróleo cresceram 10,8% em 2010 ante 2009

As reservas provadas de petróleo brasileiras cresceram 10,8% de 2009 para 2010, o maior percentual registrado desde 2002, quando houve um aumento de 15,4% em relação ao ano anterior. As reservas totais, que incluem as provadas, as prováveis e as possíveis, deram um salto de 34,7% no mesmo período, maior crescimento verificado desde 2000.

Os dados são da Agência Nacional do Petróleo (ANP).

Ainda de acordo com o órgão, no gás natural, as reservas provadas tiveram aumento de 15,4% na comparação entre 2009 e 2010, superior apenas à elevação de 32,9% de 2004 em relação a 2003. Nas reservas totais de gás natural, no mesmo período, a elevação foi de 37,4%, a maior desde 2004, quando o aumento foi de 41,7% frente ao ano anterior.

Os dados de 2010 incluem as reservas referentes ao pré-sal da Bacia de Santos (antigas áreas exploratórias de Tupi e Iracema no Bloco BM-S-11), descobertas nos campos de Barracuda, Caratinga, Marlim, Marlim Leste e Pampo na Bacia de Campos, além de projetos de aumento de recuperação de petróleo nos campos de Albacora Leste, Maromba, Marimbá, Marlim Sul, Marlim Leste e Roncador na Bacia de Campos e na concessão de Leste de Urucu na Bacia do Solimões.

Fonte: Monitor Mercantil

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