Quinta, 16 Janeiro 2025

A eleição para a presidência do sistema Fiergs/Ciergs, que ocorre em abril, ficou mais acirrada. Ontem, o presidente do sistema, Paulo Tigre, divulgou uma carta encaminhada aos sindicatos e diretorias da entidade, que havia sido apresentada em reunião realizada reunião na terça-feira, em que oficializa seu apoio ao candidato Heitor Muller, fundador da Frangosul.

"Como presidente das duas entidades e, por isso, condutor do processo sucessório, tenho o dever de informar que o vice-presidente Heitor José Muller tem a preferência dos segmentos industriais em número, representatividade e distribuição regional, inclusive com posicionamentos formais de apoio ao seu nome," diz a correspondência.

O anúncio do presidente gerou uma reação do candidato Astor Schmitt, diretor da Randon, que declarou-se como oposição.

Durante reunião da diretoria da entidade, realizada na terça-feira à noite, o presidente Paulo Tigre já havia anunciado sua preferência por Heitor Muller (ex-Frangosul), o que levou o candidato Astor Schmitt (Randon) a declarar-se como oposição, criticando a atuação do dirigente. "Métodos pouco transparentes e pouco leais foram utilizados na busca ostensiva de apoios, que não contribuem para o bem comum e ferem a coesão das entidades representativas da classe empresarial industrial. Condições desiguais que não nos foram oportunizadas pela oficiosidade e corporativismo da Casa", declarou Schmitt em nota divulgada ontem.

Já o terceiro candidato, Gilberto Petry, diretor-presidente da Weco, anunciou que ainda busca estabelecer-se com um candidato de consenso. "Continuo na disputa, e trabalho em busca da unidade, através de uma chapa única", declarou Petry, que considera seu bom trânsito interno na Fiergs uma vantagem para sua posição. O Jornal do Comércio tentou entrar em contato com Heitor Muller, mas como ele encontrava-se em viagem não obteve resposta.

Confirmando-se a divisão, esta será a primeira vez desde 1986 que haverá uma oposição para a escolha do presidente da Fiergs. Naquele ano, houve duas chapas, uma encabeçada por Luis Carlos Mandelli, e era apoiada pelo presidente que saía, Luis Otávio Vieira. A outra era encabeçada por Roberto Brauner Penteado, presidente do Sindicato da Indústria de Máquinas Agrícolas do Rio Grande do Sul.

A posse de Mandelli na Fiergs foi contestada judicialmente, sob a alegação de que sua filiação a um sindicato nacional - o Sindipeças - não lhe propiciava credenciamento sindical para assumir a presidência da federação gaúcha. Enquanto tramitou o processo na Justiça do Trabalho, o mandato de Luis Otávio Vieira na Fiergs foi prorrogado, e Mandelli só pode assumir a presidência do Ciergs. O processo estendeu-se por quase um ano, e o resultado favorável ocorreu em junho de 1987.

Novo presidente do Sebrae quer formalizar 500 mil negócios

O novo presidente do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Luiz Eduardo Barretto, afirmou ontem, em discurso de posse na sede da entidade, que uma das metas da sua gestão é formalizar 500 mil pequenos negócios em 2011, por meio do programa Empreendedor Individual que, em parceria com o governo, já formalizou mais de 900 mil trabalhadores autônomos.

Outra meta da nova diretoria do Sebrae é atender a 1,1 milhão de empresas neste ano. "E o nosso objetivo não é apenas alcançá-la em termos quantitativos, queremos atender aos nossos clientes com qualidade", afirmou Barreto.

Ele destacou que, apesar de representarem 99% das empresas do País, os micro e pequenos negócios correspondem a apenas 20% do PIB. "O nosso desafio é dobrar essa proporção e chegar a percentuais compatíveis aos de países da União Europeia. Para isso, é preciso elevar a produtividade", completou.
Um dos objetivos da nova gestão também será aumentar o número de micro e pequenas empresas exportadoras, que hoje são em torno de 12 mil, ou 1,3% das empresas brasileiras que exportam.

O presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS), presente à solenidade, se comprometeu a desarquivar e recolocar em tramitação projeto de lei que aumenta o limite anual de faturamento para a classificação como pequena empresa, dos atuais R$ 2,4 milhões para R$ 3,6 milhões.

A cerimônia, que contou com a presença de diversos ministros de Estado, governadores e parlamentares, também marcou a posse do novo Conselho Deliberativo do Sebrae, encabeçado por Roberto Simões.

Fonte: Jornal do Comércio - RS

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