Um incêndio atingiu na noite dessa quarta-feira (2) um alojamento de trabalhadores da Odebrecht, em Pontezinha, município do Cabo de Santo Agostinho, no Litoral Sul do Estado. Foram os próprios funcionários da empresa que atearam fogo, inconformados com a decisão da Justiça que considerou a greve ilegal.
Algumas pessoas sofreram ferimentos leves, segundo a Polícia. Os bombeiros foram chamados e conseguiram controlar o fogo três horas depois. O local tem capacidade para abrigar 1,5 mil trabalhadores, mas no momento tinha cerca de 1000 alojados.
Os funcionários estão em greve há uma semana e pedem que seja incluído no salário um aumento de 30% referentes à insalubridade da atividade. Outra notícia que motivou a ação foi a de que os funcionários seriam demitidos por justa causa se não voltassem a trabalhar hoje. Os oito mil funcionários da Odebrecht trabalham no Polo Químico de Suape.
Além da estrutura danificada, móveis foram destruídos e pertences dos funcionários foram saqueados. Um novo abrigo foi improvisado na quadra de esportes do local. Ninguém da empresa ou do sindicato da categoria esteve no local para prestar maiores esclarecimentos.
VOLTA - Os bombeiros contaram que um outro alojamento da Odebrecht, em Suape, também foi incendiado, mas logo o fogo foi debelado. Por volta das 1h30, um trabalhador mineiro, Jean Carlos, foi preso pela Polícia para averiguação. Revoltados, os trabalhadores atearam fogo novamente no local. Os bombeiros foram chamados novamente e encontraram o local todo destruído.
A Odebrecht só vai se pronunciar na manhã desta quinta-feira, segundo nota divulgada por sua assessoria de imprensa.
Fonte: JC Online
