De acordo com o advogado do grupo, Jefferson Calaça, foi provado que os trabalhadores foram utilizados como “bodes expiatórios” no incidente. “A empresa quis evitar uma sindicância que provaria que a troca de mensagens com pornografia pelo e-mail corporativo era promovida por 80% dos funcionários”, acrescentou. As imagens obscenas ou pornográficas circulavam há muito tempo pelos e-mails corporativos, segundo alegaram
Todos os 35 ex-empregados eram do chamado “chão de fábrica”: da linha de produção e da área de manutenção de máquinas e equipamentos. Outros 77 trabalhadores foram advertidos formalmente. Dias depois às demissões, os trabalhadores argumentavam que não tinham tido direito de defesa e que passaram por constrangimentos, fazendo fila, na frente de seus colegas, para realizarem exames médicos de rescisão contratual.
Como muitos são moradores de Igarassu e cidades vizinhas (Paulista, Abreu e Lima e Itapissuma, por exemplo) a notícia se espalhou rapidamente. A esposa de um deles chegou a tentar cometer suicídio. Os profissionais recebiam salários que variavam entre R$ 600 e R$ 2.000 quando foram demitidos.
Através de sua assessoria de imprensa, a Alcoa se limitou a afirmar que “buscou uma solução que contemplasse a manutenção das justas causas e uma conciliação sobre valores financeiros reivindicados nos respectivos pleitos”.
Na época das demissões, a indústria afirmou, por meio de nota oficial, que lamentava “ter sido forçada a efetuar tais desligamentos, mas que não teria restado outra alternativa, visto que esse comportamento é expressamente proibido pelas políticas da companhia”.
Fonte: Jornal do Commercio